Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Sala de aula III

Já expus algumas de minhas opiniões em Sala de aula I e em Sala de aula II. Prossigo, então, com algumas considerações sobre a educação.

Miguel Arroyo publicou um livro chamado Ofício de Mestre: imagens e auto-imagens (Petrópolis, RJ: Vozes, 2000), no qual aborda temas relevantes sobre o contexto educacional brasileiro. Ele faz uma retomada histórica dos caminhos que o processo de ensino-aprendizagem percorreram até estarem como hoje estão estabelecidos. Quando Arroyo fala em educar, ele se refere a educar para a vida, ou seja, uma educação que transcende as quatro paredes da sala de aula e os conteúdos a serem desenvolvidos no decorrer do ano letivo. É uma espécie de humanização, um rompimento com algumas noções tradicionais sobre o que se entende por educação.
O papel do professor, por esta lógica ou por esta ótica, seria, então, além de ensinar, educar. Porém, ao que me parece, muitos docentes estão se restringindo cada vez mais a ensinar. Claro que em muitas situações percebemos alguns professores incorporarem o papel existencial de mestres, conduzindo, além do ensino, a educação dos seus alunos, visto que a família de certa forma terceiriza esta tarefa para a escola. 
Para o autor, a escola deve ser um espaço para desenvolver as potencialidades dos alunos enquanto seres humanos, não um ambiente limitador que reproduza as opressões que a sociedade impõe aos mesmos. Em suas palavras, "A escola e nossa prática docente não tem que reproduzir necessariamente a sociedade injusta e discriminatória que aí está." (p. 64). Dar visibilidade aos alunos e tentar compreender sua forma de ser é uma tarefa indispensável neste processo. Não menos importante é romper com a visão que encara os alunos meramente como números. Há a necessidade de resgatar a humanidade e tratar as pessoas como pessoas, não como coisas.
Nesta perspectiva, a escola deve ser ambiente de diálogo, onde todos possam expressar seus anseios, suas dificuldades, mostrarem-se em suas singularidades. "No silêncio os alunos poderão aprender saberes fechados, competências úteis, mas não aprenderão a serem humanos. Não aprenderão o domínio das múltiplas linguagens e o talento para o diálogo, a capacidade de aprender os significados da cultura." (p. 165).
Vale ressaltar que o autor não crê em magia que vá fazer isso se tornar possível imediatamente. São os pequenos gestos e afazeres diários que irão mudar o cenário, tanto para os educadores quanto para os educandos. E ele deixa um recado: se o aluno não se motivar e não se interessar em saber, não há mestre que o faça aprender.
Fica a dica para a leitura da obra, que aborda muitos outros temas além desse recorte que fiz.

Abraço. 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Dos mecanismos de defesa

Estava eu dando uma olhada nos meus materias e encontrei esse resumo sobre mecanismos de defesa.
Não lembro de onde resumi isso.
De qualquer forma, se for útil para alguém...
Correções, ajustes, dicas, etc e tal podem ser compartilhadas por comentários aqui o no e-mail.

As defesas são tentativas do Ego inconsciente em manter o aparelho psíquico “equilibrado”, por assim dizer. Elas se dão quando surgem os conflitos psíquicos, ou seja, quando o Ego busca mediar ou impedir que a energia do Id, a energia instintual que visa o prazer, seja descarregada, pois o Superego, as convenções culturais aprendidas, choca-se ou impossibilita tal descarga.

Quando o mundo exterior adquire as características de uma instância, de Superego (na segunda tópica freudiana), passa a contribuir tanto para a formação do Ego quanto para as defesas. Em algumas situações o Ego rejeita essa realidade externa como uma forma de manter o equilíbrio do aparelho. A rejeição total do mundo exterior, por outro lado, como Freud já mencionava, abre margem para que se obedeça somente os instintos, o Id, e isso seria/é a essência da psicose. Como que numa função de balança, o Ego efetiva defesas para que o aparelho psíquico mantenha um equilíbrio.
O sentimento de culpa se dá, então, quando o Ego, obedecendo uma exigência do Id, do instintos, vê as possibilidades de execução dessa descarga impossibilitada, devido às oposições de elementos externos, culturais, do Superego. Em todos os conflitos, portanto, existem os sentimentos de culpa, visto que nos conflitos há a um “desejo” do Id, interno, instintual, um “contradesejo” do Superego, externo, e o ponto onde se dá esse conflito, o Ego.
O Ego é “aculturado”, pois se depara com as normas estabelecidas, que formam o Superego, e esse movimento fica registrado no aparelho psíquico como formas de refrear, suprimir ou adiar a conduta instintiva o Id. A culpa, então, é uma forma de ansiedade, visto que ela surge da tensão entre Ego e Superego. A angústia que resulta daí é determinante na formação e ativação da defesa.
“Uma pessoa não adoece por possuir defesas e sim pela sua ineficácia ou pelo mau uso que faz delas.”
Os mecanismos de defesa têm uma função de manter o equilíbrio do sistema, homeostase, e são desencadeados automaticamente e inconscientemente quando o sujeito depara-se com algo que lhe representa perigo ou traga a possibilidade de desprazer.
O primeiro grande mecanismo de defesa investigado por Freud foi a repressão (recalque), que consiste em um esforço do aparelho psíquico para manter alguma representação no inconsciente, pois a entrada de tais conteúdos na consciência poderia desencadear desprazer. Desta forma, o que efetivamente vêm à consciência são derivados daquelas representações originais que já não provocam mais perigo. Dizemos, então, que o recalque o sistema consciente e o mundo exterior do inconsciente.
As resistências dos pacientes, quando nas livres associações dos atendimentos clínicos o mesmo silencia, hesita, recusa, indica que o trabalho associativo aproxima-se com perigo da representação original.
O recalque tornar-se-á patológico devido a um defeito ou excesso quantitativo. Cabe ressaltar que os modos de utilização deste mecanismo dependem da pessoa e da problemática em questão.
Em psicanálise, o sujeito é governado por seus instintos. Freud já assinalava que existem núcleos psíquicos independentes, o que vem corroborar com idéia de divisão, cisão. A cisão do Ego, enquanto mecanismo de defesa, sugere que esta é uma forma de resolução de um conflito, não fonte deste, na qual há uma separação de duas partes para evitar um conflito.
Projeção = atribuir a objetos externos propriedades ou características que o sujeito desconhece em si mesmo.
Deslocamento = consiste em transferir características de um objeto para outros que tenham algum elemento em comum ou próximo. Este processo permite a manutenção de vinculo com o objeto primeiro, o que se observa em casos de fobia.
Regressão parcial = se dá quando a pessoa não consegue resolver algum conflito e regride a uma fase anterior (à qual se fixou) na qual a problemática se resolveria (o que trás consigo representação infantis e/ou da fase a que se regrediu).
Introjeção = quando o sujeito toma para si, assimila atributos ou qualidades de algo exterior.
Isolamento = evita-se a contaminação com objeto perigoso.
Inibição = decréscimo ou inexistência de alguma função do Ego.
Formação reativa = reação que consiste na realização do oposto do que o inconsciente quer rejeitar.
Sublimação = adaptação das pulsões do Id que, em harmonia com o Superego, se satisfazem em prol do aparelho psíquico e das normais sócias (não me ficou muito claro).
Negação = usando a partícula NÃO a pessoa nega algo que foi admitido pela consciência.
Identificação projetiva = “o sujeito se introduz, parcial ou totalmente, no interior do objeto, com a finalidade de controlá-lo, possuí-lo e ferí-lo”.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Só em dezembro?

Dezembro me parece ser o mês do remorso, da consciência pesada, do arrependimento.

É incrível como tem gente que passou o ano todo dando calote, enganando, mentindo, fingindo, passando a perna, puxando o tapete ou jogando a sujeira para baixo dele e chega nesta época do ano com ar de bom samaritanto, de santinho e até mesmo de coitado. Se bobear, tais pessoas te convencem da existência do Papai Noel.

Tudo bem, eu sei que é uma época de reflexão, etc e tal.
Pois então, que cada um pare um pouco e pense que não é somente quando se aproxima final de ano que o outro merece ser compreendido e respeitado.

Na real, eita épocazinha de hipocrisia e falsidade.