"Um dia... pronto... me acabo.
Pois seja o que tem de ser.
Morrer: que me importa?
O diabo é deixar de viver."
O fenômeno da morte biológica é irreversível. Começamos a morrer a partir do momento que fomos concebidos. E dessa morte não temos como fugir.
Dos mortais, somos os únicos que temos consciência dessa finitude. O cão, o gato, o elefante, a girafa e os outros animais também morrerão, mas eles vivem cada dia como sendo o único, enquanto nós, seres humanos, vivemos cada dia como sendo o último.
Quando faço essas considerações acerca da morte não é somente a ela que me refiro, mas em especial à vida. Já que nosso prazo de validade não vem estipulado em rótulo algum (embora seja pouco provável ultrapassarmos mais de uma centena de anos), como estamos vivendo, como estamos preenchendo esse tempo de vida que ainda nos resta?
Cabe advertir que viver não é somente estar vivo. Até pode ser que algumas pessoas encarem a vida dessa forma, pois cada uma tem um universo singular de significação. Entendo e respeito isso. Mas me parece que apenas ocupar espaço no mundo não é uma das formas mais atraentes de ser.
O que tem preocupado ultimamente é o crescente número de pessoas que estão moribundas, vivendo vidas inúteis, fúteis, vazias, mornas; pessoas que deixaram de viver antes mesmo da morte biológica.
Torno a questionar: como estamos exercitando nossa existência no mundo?
Que possamos refletir sobre o estilo de vida que estamos levando e, se necessário, re-inventar nossa maneira de viver - cada qual levando em consideração a sua estruturação existencial, circunstâncias e contextos.
Que a vida pulse nas veias de cada um.
* Inspirado pela poesia, pela música e pelos murmúrios do silêncio que ecoavam na madrugada.
Como cantou Chorão com o Charlie Brown Jr, "vamos viver nossos sonhos, temos tão pouco tempo". E como canta Tico Santa Cruz com os Detonautas, "vamos viver, que o que a gente vive é uma vida e nada mais".
Lamentável o fato de que a maioria das pessoas 'apenas existe'
ResponderExcluirBem nessa! Lamentável.
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