Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Rita Lee não é marginal, não (apesar da atitude rock´n´roll)

Lá vou eu para outro tema polêmico...

Após o último show da carreira de Rita Lee, que ocorreu nas proximidades de Aracaju, Sergipe, ela foi parar na delegacia. O motivo alegado é que ela teria xingado os policiais e utilizado palavras de baixo calão para tanto.
Bem, de cima do palco a cantora avistou policiais usando a força (ou literalmente descendo o cascetete) contra um grupo de seus fãs que supostamente estaria fumando maconha. A reação foi imediata e Rita Lee xingou mesmo os policiais.
Os fatos são estes. Já as interpretações dependem de vááários aspectos.

Em nosso país, legalmente falando, não é permitido o uso da maconha. Porque? Por que, segundo nossas leis, é uma substância entorpecente ilícita.
Da mesma forma, não é justificável o abuso da força por parte do Estado, no caso representado pelos policiais.
Até a própria cantora poderia ter contornado a situação com mais cautela, mas...

Antes de mais nada, quero deixar claro que não uso drogas. Consumo diariamente muito lixo advindo das mídias. Isso talvez seja mais prejudicial que um baseado, mas as mídias não são tratadas como ilícitas. 

Porque não se pode fumar maconha, mas se pode fumar cigarro (que tem milhares de substâncias prejudiciais à saúde) e beber cerveja, wiski e tudo o mais que tenha elevados teores álcoolicos? Talvez seja algo para ser pensado.

E porque há necessidade de omissão perante coisas julgadas como incorretas, abusivas, excessivas? Pelo que recordo, a liberdade de expressão está na constituição, não é???

Não quero entrar em delongas.
Exagero. Exagero dos policiais por utilizarem de força desproporcional, exagero da Rita Lee por usar palavrões pesados como fez e exagero dos que estão tentando fazer da rainha dor rock uma delinquente/criminosa.
Tem muitas coisas mais sérias para serem resolvidas nesse cabaré chamado Brasil.
E para quem servir o chapéu, aí vai:

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Polêmicas do BBB

Não sou um aficcionado pelo Big Brother Brasil. Confesso que fui um espectador assíduo da primeira edição do programa, ainda no ano 2000. Quando tudo era novidade eu achava o negócio um tanto atrativo. Pois é, achava.
Acompanhar as formas de expressão de cada participante, observar seus comportamentos, jeitos, trejeitos e xiliques é, de certa forma, um exercício. Bem, essa observação nada tem a ver com julgar a pessoa que está lá. Pode parecer estranho para alguns, mas eu consigo entender o contexto, as circunstâncias do jogo sem incidir em préjulgamentos. Se bem que quem entra na casa já deve estar ciente que o público em geral julga mesmo; por um ou dois atos o público já sai dizendo quem é do bem e quem é do mal, quem é o mocinho e quem é o bandido, quem é a santinha e quem é a puta, e assim por diante.

Nos últimos dias tem muita coisa na internet, na TV, no rádio, nos jornais sobre um soposto estupro que teria acontecido depois da primeira festa do BBB 12. Já ouvi várias pessoas comentando sobre o assunto. Eu mesmo postei no meu Facebook "Mesmo que uma garota seja promíscua, use roupas curtas e rebole na minha cara, esteja bêbada ou drogada com o que quer que seja... ainda assim eu não tenho o direito de fazer algo com ela sem seu consentimento. Até para fazer "cagada" tem que ter ATITUDE e RESPONSABILIDADE. Se é homem/mulher para fazer, o mínimo que se espera é que o seja também para asssumir".
Não quis ser tendencioso com meu comentário. Pelo contrário, não atribuí responsabilidade pelo acontecido nem ao rapaz, nem à moça.   

O que realmente houve? Fora os julgamentos e acusações de todos os lados e de todos os tipos, sabe-se lá o que pode ter acontecido. Pelo que vi dos vídeos que encontrei na internet, percebi um movimento que parece, sim, ser de ato sexual. Não consegui distinguir se a garota estava desacordada ou não - aparece o braço dela imóvel sobre o edredon, mas isso não implica que esteja desacordada, pode estar apenas imóvel.
Se é que houve o ato sexual sem o consentimento da garota, o rapaz tem de ser penalizado, sim, pois isso caracteriza abuso. O termo estupro talvez esteja sendo algo forçado e forjado pela mídia sensacionalista.
O jogo de interesses, com acusações, defesas, troca de ofensas e tudo mais, apenas começou. A emissora detentora dos direitos do programa é que agradece. Enquanto a justiça tenta apurar o caso, as atenções continuam voltadas ao programa. Audiência, IBOPE, grana...

Tico Santa Cruz escreveu seu blog algo que merece nossa atenção:
"Vale a pena usar um caso de repercussão tão grande para fazermos uma AUTO-ANÁLISE sobre o que estamos fomentando, o que estamos consumindo, quem estamos exaltando, o que esperamos de nós mesmos, em quem podemos confiar, qual é  tipo de exemplos que estamos oferecendo, como educamos nossos filhos, o que podemos melhorar e qual será nosso grau máximo de Tolerância. No mínimo  SEGUIREMOS NA NAVE BRASIL com alguma lição diante de tantos acontecimentos.
Ou então, que possamos assumir de vez nossa esquizofrenia coletiva"
.

Que cada um pense o que quiser a respeito de todo esse circo.
Pensar às vezes é um bom incício para sair da inércia, para ver que há possibilidades para além do pensamento e do comportamento de manada. Talvez partindo de temas polêmicos fomentados pelos reality shows seja um bom começo...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Firme e forte!

O caminho é longo e com algumas bifurcações. Mesmo que você sofra influências biológicas/instintivas, psicológicas e sociais, a decisão de qual caminho percorrer ainda é sua.
Acaso seus pés estejam descalços, pisando em pedregulhos pontiagudos, não se esqueça de se fortificar com as cores e os cheiros das flores, os desenhos das nuvens e tudo mais que esteja ao redor.
Caminhe no seu ritmo. Respeite as singularidades e as diferenças que encontrares por aí.
Viva intensamente cada experiência, tanto as que já vem de tempos quanto as novas. Dê um pouco mais de si neste ano que se inicia. 
Mesmo que tenhas que retroceder alguns passos para garantir a firmeza dos que ainda virão, não se deixes abater. Siga firme e forte.
Que 2012 traga realizações para a existência de cada um.
Abraço de paz.