Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

terça-feira, 29 de abril de 2014

Somos todos o que? O envolvimento de famosos em causas sociais

Primeiro: envolvimento aqui quer dizer manifestar-se, expressar opinião, dar a cara a tapas.
Segundo: famosos aqui são pessoas que tem certa visibilidade na mídia, seja na tv, rádio, internet, revistas, jornais ou qualquer meio de comunicação.
Terceiro: questões sociais aqui se referem a assuntos que versam sobre a organização da vida em comunidade, passando por inumeráveis temas e conflitos que deles possam surgir.
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O episódio do torcedor que arremessou uma banana na direção do jogador Daniel Alves, que sem titubear comeu a fruta, fez vir à tona a luta contra o racismo que se estendeu nas redes sociais através da viral #SomosTodosMacacos, esta que teve o jogador Neymar como um dos precursores. Neymar divulgou uma foto com uma banana e seu filho com uma banana de pelúcia. À partir dela, muitos artistas, músicos, atores, escritores aderiram à ideia e posaram com bananas fazendo alusão ao ocorrido.
Inegável a proporção que isso tomou. Se as pessoas irão, em maior ou menor número, praticar isso nas suas relações já não depende só de tal exposição, mas de reflexões mais profundas e, consequentemente, da mudança de atitude sobre essa imbecilidade que é o racismo.
No dia seguinte do ocorrido surgiram explicações de que era para Neymar comer a banana, caso fosse arremessada em sua direção. Isso já havia sido pensado em forma de uma campanha publicitária. Falando em publicidade, a marca de roupas do apresentador Luciano Huck se apressou e já vende camisetas com estampas de bananas e mencionando a #SomosTodosMacacos. Há quem julgue isso como oportunismo, ou charlatanismo, ou tantos outros adjetivos pejorativos e há quem aplauda a iniciativa, acreditando ser ela uma aliada à luta contra o racismo. Que cada um tire suas próprias conclusões.
Em decorrência desse incidente, mais uma vez me deparei com uma questão que seguidamente me faço: já que esses considerados famosos tem grande visibilidade, cada qual dentro do seu meio, por que a maioria fica omissa quanto à assuntos que poderiam expressar sua opinião? Entendo que a própria omissão já é parte de uma ação estratégica, já que muitas vezes incompreensões e equivocidades podem resultar daí, afetando negativamente a imagem de tais profissionais. Porém, percebo uma certa passividade, um comodismo que brota, provavelmente, de um pensamento de cada um no seu quadrado.
O que você pensa a respeito disso? A indiferença te afeta? Você prefere que as opiniões sejam expressas, mesmo que em desacordo com sua visão de mundo? Se puderes me ajudar a pensar sobre, pode usar o espaço para os comentários ou email.
E sobre o racismo, não cabe mais, né gente? Dá licença!

terça-feira, 22 de abril de 2014

Imprudência no trânsito

No Brasil, o trânsito mata. Por dia, várias vidas são ceifadas e famílias ficam órfãs nessa guerra de metal. E o que espanta é que a imprudência continua sendo a causa mortis.
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Final de segunda-feira, último dia do feriadão de Páscoa e Tiradentes, aproveitei o fim de tarde para fazer atividade física. Percorri o trajeto que normalmente faço pela RS 324 e percebi um movimento bem acima do normal. Fileiras enormes de automóveis que pareciam querer abreviar não somente o tempo de viagem, mas o caminho, imaginando alcançar uma velocidade e, sei lá, adentrar em um portal e desembarcar em minutos na própria residência. 
Depois de ter acabado minha atividade, sentei num lugar alto, perto do trevo de acesso à minha cidade, para ver o pôr do sol - ofuscado pela formação de nuvens cinzas que tomaram conta do céu. Acabei prestando atenção ao movimento intenso na RS e, em decorrência disso, dezenas de cenas de pura imprudência. O local a que me refiro é no perímetro urbano, velocidade máxima permitida de 60-80km/h, com faixa dupla nos dois sentidos, mas esses fatores foram desprezados por vários motoristas. Vi várias cenas de filme, ultrapassagens de alto risco, desastrosas, freadas bruscas, buzinaços, mão pra fora com o dedo do meio esticado, três carros passando lado a lado na pista, enfim... Claro que a grande maioria dos motoristas estava trafegando com tranquilidade, mas até mesmo estes os imprudentes puseram em risco. Na ânsia de chegar mais cedo, muitas vidas foram interrompidas e muitos leitos de hospitais estão acomodando motoristas e passageiros.
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É muito cômodo culpabilizar apenas o Estado pelas más condições de grande parte de nossas estradas. Mas não tem como negligenciar o fato de que a maioria dos acidentes, fatais ou não, têm a imprudência do motorista como fator determinante. Aliás, procurar culpar algo ou alguém é uma forma de encontrar desculpas, de se eximir de responsabilidades, quando, na verdade, temos que voltar nossa educação justamente para isso: responsabilidade. E educação, aqui, não tem a ver com titulação acadêmica, tampouco com status de classe social.
Se não mudarmos nossa forma de pensar e não alterarmos nosso comportamento no trânsito continuaremos a ver as notícias dessas carnificinas a cada final de semana e feriado estampadas nos meios de comunicação, infelizmente.
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A vida não tem preço e nem hora marcada para terminar. É bom tomarmos ciência de que nossas atitudes podem alterar o rumo de nossa existência.

Seguimos.
 

terça-feira, 8 de abril de 2014

Passa(n)do a limpo em poucas linhas

Vai assim mesmo, sem script, na impulsividade, sem estar sob efeito de qualquer coisa que perturbe minha consciência.
Não é minha intenção agradar a todos nessa minha passagem pela terra. Por muito tempo pensei que minha missão aqui era servir a tudo e a todos. Mas mudei essa forma de pensar e, consequentemente, de agir. Não faço nada pensando em ser modelo ou ser exemplo a ser seguido. Eu faço o que soa coerente com minha forma de ser e sei que uma das consequências disso é ser incompreendido, rotulado, taxado de forma leviana por quem não vivencia as mesmas circunstâncias que eu.
Tenho ciência que até para fazer merda há de se ter responsabilidade e arcar com as conseqüências dos atos. E fugir das minhas responsabilidades é algo que não costumo fazer. Para mim, uma questão de honra, herança de berço, educação paterna e materna.
Eu faço meus caminhos de acordo com os ventos que sopram à minha alma. São esses ventos que me ditam verdades que nem todos têm acesso. São nesses percursos que exercito a minha existência. E meus exercícios não tem nada a ver com ser bonzinho, com ser apenas uma marionete no teatro da vida. Sou da ala da contestação, da resistência, da subversão. Às vezes é pesado ser assim, mas é o que escolhi para mim. Sou do time da poesia, da filosofia, da literatura, da música e das manifestações artísticas em suas diversas formas de apresentação. De certa forma isso serve como um antídoto às dores do mundo.
Estou aqui para aprender, para me desenvolver, para crescer. E isso não necessariamente tem a ver com fazer o que pregam os padrões da sociedade ou quaisquer outras regras pré-estabelecidas. Aliás, às vezes o melhor que algumas regras merecem é um foda-se em alto e bom som.
Quero ser melhor a cada suspiro. Não melhor que alguém, mas melhor que eu mesmo, o melhor que eu possa ser. E, para tanto, não preciso usar ninguém como trampolim. Minha religião é a do amor. Mas não esse amor vendido em capas de revistas ou em novelas, não esse amor ostentação que precisa andar de mãos dadas com formas físicas fabricadas nas mesas de cirurgia e com situações financeiras pra lá de estáveis. Até nem sei como se convencionou a chamar isso de amor, mas tudo bem. O amor que me refiro é um amor transcendente, aquele que toca a alma. Aquela poção de magia que toca os corações de quem tem sensibilidade para acolhê-lo e que é a força que move o universo. Esse é o tal do amor, na minha representação.
Enfim... saúde, força e sensibilidade é o que eu quero e preciso para curtir o trajeto. Com esses ingredientes eu me encarrego de gozar das maravilhas da vida e de contornar os obstáculos que possam surgir. Meus chegados não são comprados e sei que a energia que deles emana é algo que me fortalece.
Então, desce o start.  Que continue o jogo! Ainda tenho muitas fases para passar até o momento do game over.
Seguimos sem medo.