Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Enquanto houver forças, busquemos a paz.

Pessoal, mais um ano que se acaba.
Para refletirmos um pouco sobre o que fizemos em 2009 e pensarmos em possíveis buscas para 2010,
ouçamos a música... E não deixemos de buscar a paz, a compreensão, o amor.
Desejo um bom ano para todos.
Abraço forte! 

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Justiça? Que justiça?

A correria tá foda! Mas vamos lá...
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Certa feita ouvi de um grande homem a seguinte indagação: "que justiça é esta que trata como iguais os desiguais?". Muito pode ser ponderado a partir disso.
Mas afinal, que justiça?
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Algumas pessoas afirmam que justiça mesmo é a chamada 'justiça divina', na qual um sobrenatural vai julgar quem é quem e dar os rumos para uma vida pós morte; outras acreditam que justiça é o que promotores, juízes e advogados fazem, separando os bons dos maus, penalizando estes últimos...
Insisto, que justiça?
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Dias atrás liguei a TV e vi a notícia do menino que fora submetido a um ritual de magia negra, tendo várias agulhas inseridas em seus corpo. Procedimentos cirúrgicos de alto risco serão feitos (devem estar sendo realizados ainda) para que o menino tenha os órgãos vitais em pleno funcionamento ou o mais próximo disso. E o que será feito em relação ao padrasto do menino? Será que tem a ver com justiça?
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No ano passado, se não me engano, lembro-me que uma mãe ficou mais de dois meses presa por ter roubado uma margarina em um supermercado. E sabe o que foi tal roubo? Ela abriu um pote de margarina, pegou uma quantia com o dedo e levou à boca de seu filho de colo que, provavelmente, havia dias não recebia alimento algum.
É justo encarcerar uma mãe por motivo tão idiota como este? Sei, se todas as mães de filhos que passam necessidade roubassem, ficaria difícil a situação; mas sei também que isso foi um episódio único e a mãezinha nem sequer tinha passagem pela polícia...
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Justiça? Onde? Para quem? Como?
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Alguém lembra de mensalão? Renan Calheiros? Dinheiro na cueca? Reitor de Universidade com conta na Suíça ou nas Bahamas? Pastor comprando meio mundo? Etc e tal?!
E o que aconteceu com os responsáveis por tais episódios?
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Por isso que este conceito ultimamente anda rondando meus devaneios...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ainda há esperança...


















As imagens que publiquei neste post são fotos de trabalhos realizados por alunos de 3º Ano do Ensino Médio José Antônio Ferronato na disciplina de Artes.
Quando os vi, pensei num fio de esperança que ainda há quando se pensa em educação, em aprendizagem, em escola, em professor, em aluno... Em meio ao contexto conturbado pelo qual passamos, é gratificante ver a capacidade de criação dos alunos, sua pureza, seu querer.
Um abraço forte aos alunos que se empenharam em tal tarefa, à professora que orientou a atividade e a todos que veem a arte como uma ferramenta de inserção social.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Então é Natal...

A seguir, artigo que escrevi em 2008... Continuo com as mesmas impressões...

Estamos na terceira semana de dezembro e aos poucos os enfeites natalinos vão ganhando forma. Há quem já tenha organizado o presépio, o pinheiro, as luzes e todos os tipos de decorações; há quem está iniciando estas tarefas agora e há quem não fez, não está fazendo e não fará nada disso, sabe-se lá os seus motivos. O fato é que o Natal se aproxima e com ele um espírito fraterno, de paz e de amor.
Cada pessoa tem a capacidade de significar todas as manifestações que acontecem nesta época de Natal e final de ano ao seu jeito. Entre tantas possibilidades de significação, existem pessoas que não vêem sentido algum nas datas comemorativas se não houver presentes, comida, champagne, fogos, etc, etc e etc. Por sorte existem, também, aquelas que valorizam o conforto do abraço apertado dos familiares e dos amigos, que se regozijam com os votos sinceros de “um feliz Natal e um próspero ano novo”.
Não cabe à mim julgar esta ou aquela representação de mundo, pois a maneira de interpretar as coisas é singular e, certamente, encontra acolhida na malha intelectiva de quem concebe de uma ou de outra forma. O que quero ressaltar, porém, é que a ganância pelas cifras (R$), impulsionado pelo famoso “capitalismo selvagem”, vêm se sobressaindo nas últimas décadas. Isso tem dado às datas comemorativas um significado muito mais mercadológico.
Natal e final de ano pressupõe, ao meu ver, uma reflexão acerca daquilo que a gente faz em nossa vida. É uma época de renovação espiritual, de rever os ensinamentos legados pelo Mestre Jesus Cristo e, com isso, espalhar energia positiva, paz, amor, fraternidade e, principalmente, compreensão. Entretanto, agir assim somente em épocas festivas não me parece ser uma boa idéia. O legal seria aplicar isso diariamente, em casa, no trabalho, nos estudos, para com toda e qualquer pessoa. Talvez se isso se concretizasse, teríamos uma sociedade mais humanista, mais compreensiva, mais pacífica.
Para minimizar o risco de ser mal interpretado, volto a frisar que isto é assim para mim e que não necessariamente seja uma verdade universal e irrefutável. Se a sua representação difere da minha, isso não quer dizer que seja melhor ou pior, boa ou má; ela é apenas uma das tantas formas possíveis de ser e de vivenciar o que se apresenta.
Para finalizar, deixo aqui meus humildes e sinceros votos de um Feliz Natal e de um Ano Novo cheio de realizações; que os ensinamentos de Cristo possam contagiar nossos corações e iluminar os nossos caminhos em direção da paz e do amor.
Abraço forte.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Dia do Palhaço - 10 de dezembro

Não poderia deixar de prestar minha homenagem aos palhaços espalhados por este mundão sem fronteiras.
Da mesma forma, não poderia deixar de agradecer o pessoal da Patrulha do Riso pela parceria, pelas vivências, pelas experiências, pelas gargalhadas, pelos momentos de atenção, de riso, de lágrimas... Certamente o aprendizado compartilhado compensou todo e qualquer esforço. O primeiro passo foi dado, mas ainda muitas coisas terão que ser construídas, ressignificadas...
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Ser palhaço é uma arte.
E foi tentando saber um pouco mais desta arte que me deparei com a importância delegada ao corpo. Antes ele era apenas meu contorno, minha casca; agora compreendi que muitas vezes, como diz Pierre Weil, o corpo fala. Às vezes posso fazer uma pessoa se sentir melhor sem o uso do toque sensorial ou das palavras. Isso é primário, mas tive que trabalhar isso comigo para me sentir melhor na interseção para com o outro.
Falando em interseção, esse contato (não necessariamente físico) com o outro pode ser terapêutico não só para ele, mas para eu próprio. O palhaço pode ser um mediador entre a pessoa e o mundo da fantasia, do riso, do amor. E neste processo ambos passam por processos de ressignificação. Portanto, ser palhaço, além de poder proporcionar momentos mais alegres e descontraídos para o outro, é um movimento dialético, no qual o próprio refazer está sempre em voga. 
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Para que os corações se regozigem e se deixem contagiar pela paz, pela luz, pela serenidade, pelo amor... selecionei uma canção que poder ser considerada como um hino: Detonautas Roque Clube, em Oração do Horizonte. Ouça-a até o último segundo e reflita.



O Amor é Contagioso



Este o título de um filme inspirado na vida de Patch Adams. Um ótimo instrumento para desencadear reflexões sobre o sistema de saúde, a prática médica, a indústria farmacêutica, o ambiente hospitalar, as relações com pessoas doentes, deficientes e com idosos, etc.
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Patch Adams é médico e palhaço. Ele é o fundador do único hospital do mundo onde tudo é acessível e sem custo algum. Muitos críticos denominam a instituição como um hospital boboNele a humanidade se sobrepõe a qualquer outro fator ou prática. Além de prescrever remédios, os médicos são encarregados de cuidar dos pacientes; isso inclui um tratamento especial, calcado no respeito, na atenção, no carinho, no afeto, no amor...
Patch entende que a pessoa é mais do que a doença que a está acometendo. Em suas visitas a hospitais, axilos e outros locais ele leva o riso como instrumento de cura. Como sabemos através do dito popular, em muitos casos rir acaba mesmo sendo o melhor remédio.
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Aconselho os amigos a pesquisarem sobre Patch Adams e a verem o filme O Amor é Contagioso, no qual o ator principal e que interpreta Patch é Robin Williams. Com isso, podemos incorporar pequenos gestos à nossa vida que podem fazer uma enorme diferença.
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A seguir, alguns trechos retirados do livro Patch Adams - O Amor é Contagioso, que conta com ilustrações animadas de Jerry Van Amerongen:
"Todos sabemos como o amor é importante e, mesmo assim, com que frequência nós o demonstramos? Muitas pessoas doentes neste mundo sofrem de solidão, tédio e medo, e isso não pode ser curado com uma simples pílula."

"Grande parte do que chamamos de doença mental na verdade é pura consequência de nossa sociedade problemática, que promove a solidão e nos impõe um mundo violento, cujos deuses são o dinheiro e o poder." (p.137)

"Cada um pode contribuir na criação de uma sociedade mais saudável e feliz. Está provado que a ajuda que damos aos outros beneficia nossa própia saúde física, mental e espiritual. E não é preciso abrir mão de nada para ajudar os outros." (p. 142)

Tomemos isso como provocação e repensemos nossa forma de ser e nossas relações, tanto conosco mesmo quanto para com o outro...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Équiça? Não seria hexa?

Como diria o locutor esportivo Sílvio Luiz "pelo amor dos meus filhinhos!".

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Como apaixonado que sou por futebol, fiquei o domingo ligado na última rodada do Campeonato Brasileiro 2009. Meu time, o Internacional de Porto Alegres/RS, conquistou mais um vice no ano do centenário do clube.
Cheguei até a confiar na possibilidade do título colorado após o gol do rival contra o Flamengo. Mas foi só por alguns instantes. Antes mesmo do time carioca empatar o jogo eu já havia desacreditado. Ora, se o tricolor havia vencido apenas uma partida fora de casa em todo o brasileirão, imaginem se iria vencer o Flamengo em pleno Maracanã, com apenas três titulares e arriscando ajudar o colorado a levantar a taça...
Em compensação pelo jejum de títulos nacionais, o colorado volta a figurar na Copa Toyota Libertadores da América em 2010, após ter sido consagrado campeão do torneio em 2006.
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Impressionante a reação da torcida do Coritiba/PR após o empate em 1x1 com o Fluminense, resultado que rebaixou o coxa à 2ª divisão do futebol nacional. Da mesma forma, inacreditável o tumulto entre a torcida do Flamengo que acabou em agressões na comemoração do título nas ruas do Rio.
Tão impressionante quanto à selvageria proporcionada por vândalos travestidos de torcedores no Couto Pereira foi a reação do Fluminense no campeonato. O tricolor carioca chegou a estar com 98% de probabilidade de ser rebaixado, mas deu uma arrancada incrível e venceu praticamente todos os últimos 10 jogos, escapando na última rodada do fantasma do rebaixamento.
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Foi um campeonato de grande média de público, de belos gols, de defesas incríveis, de uma competitividade acirradíssima... A hegemonia dos clubes paulistas foi quebrada, finalmente, mas o título permanece no eixo Rio-São Paulo.
Parabéns à nação rubro-negra, maior torcida do país, pelo título.
Parabéns Internacional pelo espírito de luta. O vice campeonato não é o que a torcida esperava, mas novos horizontes se abrem com a disputa da Libertadores no ano que vem.
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Ah, já que estamos no clima do futebol, pedreira para o Brasil na 1ª fase da Copa do Mundo da África do Sul. Fiquemos na torcida.
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Mas o que mais me chamou a atenção foi uma chamada ao vivo exibida na programação de um canal aberto ontem à noite. A intenção foi notável. Num grupo de torcedores que comemorava o título do Brasileirão, cada um deles segurava uma letra e o que deu a entender é que era para ser uma alusão aos seis títulos do Flamengo, o hexacampeonato. Pasmem, a sequência das letras era literalmente a seguinte: É.Q.U.I.Ç.A.
Aham, équiça! Assim mesmo. A pronúncia até que fica bacana, semelhante. Deu até para entender.
Se foi proposital, não tem como saber. Mas se não foi, pelas barbas do profeta, hein!?
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Daí quando o Brasil é alvo de piadinhas a maior parte da população fica de biquinho...
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Valeu.
Hasta siempre.