Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Das histórias de Nikholas e Natasha

- Sabe, Natasha, sinto saudade de quando a gente ainda estava se conhecendo.
- Nossa! Nem faz tanto tempo assim.
- Não faz mesmo. Mas não é pelo tempo. É pela forma como a gente se relacionava. Me parece que estávamos mais próximos, mais interessados, mais cúmplices.
- Viagem tua, Nikholas. Talvez seja porque a gente anda envolvido com muitas coisas, trabalhos, estudos, tarefas, dilemas existenciais e tal.
- E antes não estávamos envolvidos com mil coisas? Não tínhamos mil coisas para pensar e/ou para fazer?
- Lá vem você de novo com esse lance de querer estreitar laços e bla-blá-blá. Isso enche o saco, cara!
- Ah, Nath, para você é assim, meu. Eu me esforço para entender. Mas chega um ponto que fica foda para mim. Acho que agora você já me descobriu, já sabe muitas coisas sobre mim. Talvez tenha percebido que havia criado expectativas a meu respeito que eu próprio desfiz uma a uma. Tipo, enquanto o chiclé era novo tinha um gosto bom, mas agora que deu umas mascadas quer mais é descartar e partir para outro.
- Nikh, olha aqui: eu gosto de ti. Tu que faz essas tuas pirações de maionese. Eu posso não ficar me declarando, mas ao menos eu te respeito.
- Foi mal, Nath. Nunca fui bom nessa parada de relacionamento. Não quero te magoar. Me deixa ser como eu sou. Ou me deixa...

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O que segura o homem é o sexo da mulher?

"Não adianta. O que segura o homem é o sexo da mulher."
Essa frase foi dita por um rapaz que conversava com outro, numa mesa ao lado da minha, numa padaria, enquanto eu tomava um café dia desses. Pois bem, para essa pessoa, para esse rapaz o que o mantém com uma mulher é o sexo. Ou seja, para ele se rolar a química na cama (ou sabe-se lá quais suas fantasias e posições sexuais preferidas) dane-se o resto e o relacionamento estará firme e forte.
Essa não é uma verdade universal. É certo que alguns homens só permencem ao lado de algumas mulheres devido ao sexo. Não menos verdade é que para algumas mulheres o que une ou mantém a relação com um homem é também o mesmo elemento: o sexo.  Mas sabemos que são infindáveis os motivos pelos quais um homem e uma mulher firmam e dão continuidade a um relacionamento. O sexo é apenas um deles. E para cada pessoa isso se dá de forma singular.
Algumas pessoas compartilham dos mesmos ideiais, dos mesmos projetos, das mesmas buscas e por isso se aproximam e permanecem lado a lado. Outras possuem valores semelhantes e então isso acaba sendo um elo de ligação entre ambas. Há quem se relacione com outra pessoa apenas como forma de obter alguma coisa, servindo o relacionamento, nesses casos, como mediação para obtenção de algum outro fim. Há quem encontre o significado na vida somente numa relação com outra pessoa. Existem também as que querem assumir futuramente o papel existencial de pai ou de mãe e sentem a necessidade de uma outra pessoa para efetivar isso. Enfim, temos inúmeros exemplos de motivos que levam pessoas a aproximarem-se e manterem um relacionamento. E para o vizinho da mesa, ao que tudo indica, o que mais tem peso subjetivo em sua malha intelectiva, o que de fato influencia nas suas tomadas de decisões quando se trata de manter um relacionamento com uma mulher é o sexo. É assim para a representação de mundo dele. E para você? Já pensou o que o ou a aproxima e o ou a mantém numa relação com outra pessoa?