Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Ladrão de Gravata e Gangue da Matriz

Não pretendo ser o mocinho, tampouco o bandido.
Isso que foi tomado como polêmica pela mídia sensacionalista e por algumas pessoas que só queriam se promover, no meu entendimento não tem nada de mais, não retrata nada além da realidade brasileira.
Bem, vamos com vagar e por partes para que as coisas fiquem claras.
Vivemos no Brasil, um país que é democrático, ao menos nas leis, nos papéis. Isso implica, entre outras coisas, em termos respeitada a nossa liberdade de expressão, ficando a censura apenas na memória de um passado recente.
Música é arte, certo? Há quem concorde e há quem discorde. Para mim, a música é sim uma manifestação artística (apesar de algumas coisas nem poderem ser chamadas de música - mas deixemos isso pra lá, já que não tem como padronizar um gosto).
Pois bem, considerados os pontos acima, fica explícito que podemos expressar nossas idéias e representações através da música. É um direito que temos. É meio que lógico, tanto como 2 + 2 = 4. Mas tomemos cuidado! Algumas pessoas que deveriam estar conduzindo nosso país estão qurendo nos censurar, estão querendo que aceitemos que 2 + 2 = 5 ou seja lá o resultado que queiram.
O episódio polêmico que mencionei logo no início é o fato de Tonho Crocco, compositor e ex-integrante da banda gaúcha Ultramen, ter sido alvo de uma representação judicial por ter retratado através da música sua indignação com o aumento dos salários dos Deputados Estaduais aqui do Rio Grande do Sul. Eu já havia chutado o balde aqui no blog sobre o aumento dos Deputados Federais, no final de 2010. Talvez eu tenha exagerado nos xingamentos e palavrões nas minhas poucas linhas - é que a revolta às vezes faz a gente ficar "normal" mesmo, pois maluquice é aceitar tudo pacificamente, de braços cruzados. Por consequência, e amparados por uma lei escrota a favor deles mesmos, os Deputados Estaduais gaúchos votaram seu próprio aumento no início deste ano. Um aumentinho assim básico, de cerca de 70%.  
Foi então que Tonho Crocco fez um rap com o nome de todos os Deputados que votaram a favor do aumento. E isso doeu para e em alguns parlamentares. Giovani Cherinni, que na época era Presidente da Assembléia Legislativa, entrou com representação no Ministério Público. Acontece que a população passou a apoiar em massa o músico, protestando, manifestando o apoio em redes socias, nas ruas e no escambau. Ora, se tem essa grana para aumentar o salário deles, porque não aumentar o dos funcionários públicos, professores, policiais? E porque não investir mais e melhor em saúde, educação, segurança? E aí começou o joguinho que nem vale a pena comentar. Muitos e muitos querendo se promover com isso. Essas coisas comuns na política. E eis que Cherinni se sentiu tão pressionado que retirou a representação do Ministério.
Esse episódio fez ruir a Assembléia gaúcha. Prós e contras deram a cara a tapas e quem ganhou com isso fomos todos nós. Não que vai ser muito diferente daqui para frente, mas aos poucos, com o trabalho de formiguinhas as coisas irão mudar. Nesse momento é o que prefiro acreditar.
Em homenagem aos sacanas da nação, seguem os vídeos.




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