Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Indignado? Ah vá!

Bem, como diz o Mc Guri, do Pretinho Básico (programa de entretenimento da Rádio Atlântida)  "tá ruim pra todo mundo." 
Pois bem, vamos como o Jack, o Estripador: por partes.

As leis existem ou são criadas para? Muitas respostas são possíveis para esta indagação. Podem servir para que a nação prospere, se desenvolva, cresça e apareça, para beneficiar alguém ou alguma classe, para promoção política ou tantos outros interesses.

Aos fatos. O Sr. Tarso Genro,quando Ministro da Educação no Governo Lula, foi um dos idealizadores da Lei 11.738, de 16 de julho de 2008, que versa sobre a regulamentação do piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. Trocando em miúdos, foi estabelecido que o professor deveria receber um valor em R$ por sua jornada de trabalho. O Sr. Lula saiu da presidência e entrou a Sra. Dilma e nada do tal piso chegar ao bolso do professor.  

Agora Governador do Estado do Rio Grande do Sul, o Sr. Tarso reluta em repassar aos professores o que por direito lhes foi concedido pela Lei por ele assinada em 2008. A Governadora anterior, Sra. Yeda havia entrado com uma ADIN, Ação Direta de Inconstitucionalidade, junto ao Superior Tribunal Federal. O STF deu parecer favorável à constitucionalidade da Lei. Não satisfeito com a derrota, a Procuradoria Geral do Estado pediu prazo de 18 meses para implantar o pagamento, o que estende o prazo até meados de outubro de 2012.
O Governador afirma que irá pagar o piso aos professores ainda em sua gestão, porém não há nenhum indicativo de quando, de quanto por cento em tal ou qual época. Isso desencadeou um grande descontentamento por parte dos professores e movimentações por parte do CEPERS, sindicato representante da categoria.

Na última sexta-feira, 18, houve Assembléia Geral do sindicato, em Porto Alegre. Todos os núcleos do CEPERS estavam reunidos e na pauta o assunto mais discutido, sem dúvida alguma, foi a implantação do piso nacional. Na Assembléia o CEPERS optou pela parada dos profissionais da educação, ou seja, GREVE até que haja um posicionamento mais claro do Governo.
Os dados divulgados na mídia não são conclusivos e não se sabe ao certo a porcentagem de escolas e professores que aderiram a greve. Há claramente um entrave político entre sindicalistas e militantes do Governo. Nem sempre é possível identificar quem faz parte do que; como diz o ditado, "aí tem lobos em peles de cordeiros."

É sabido que uma greve agora prejudica as férias tanto dos alunos quanto dos professores. Claro que os vestibulandos e ingressos em universidades serão lesados. Isso tudo foi pensado pelo sindicato e a greve nesta época é proposital para ver se o Governo se agiliza; é uma forma a mais para pressionar e lutar pelos direitos que a Lei adjudicou a favor dos professores. 

A explicação mais utilizada na mídia é com as cifras (R$). Dizem que o Estado não tem como investir um montante em dinheiro no pagamento do piso, ao menos integral e imediatamente. O que os professores cobram, volto a dizer, é um posicionamento mais firme, não apenas a postergação desse direito.

A minha opinião sobre tudo isso? Alguns podem dizer que ela de nada importa, mas tudo bem. 
A greve é oportuna para que a pressão seja feita. Muitos outros profissionais de outras categorias param, fazem greve, lutam pelos seus direitos. Mas nenhuma deles é tão atacada quanto os professores.
Não me agrada e não me convence o argumento de que o Estado está quebrado e não tem dinheiro para esse investimento. Quando os Deputados Estaduais do Rio Grande do Sul aumentaram em 70% seus salários para o início deste ano, nem a mídia e nem o Governo chiaram. Quer dizer, para uns tem, paro outros não. Ou melhor, só tem para quem já tem; para quem tem pouco, que continue com este pouco.
Ressalto que a greve não está estabelecida somente pela questão do salário defasado. Quem vivencia o ambiente escolar, sabe que a educação está sofrida. A luta é por melhores condições de trabalho e, o mais importante, por RECONHECIMENTO.

Peço que olhem para a educação com olhos mais apurados, poooor favor.
Como está não dá pra ficar.

E para finalizar, deixo uma citação do revolucionário Bakunin.
"Só desejo uma coisa: conservar até o fim dos meus dias com toda integridade, o dom, para mim sagrado, da indignação!
A forte atração pelo fantástico é um defeito capital de meu ser, a tranquilidade me aborrece."

Encontre sua paz.
E que ela não esteja no comodismo ou na alienação.

Abraçoo.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O que você vê e ouve pode não ser bem o que ocorreu

Em tempos de grande intervenção do governo sobre a liberdade individual dos cidadãos, ficar atentos à manipualção midiática é indispensável.
O trecho abaixo pode ajudar a clarear o que quero dizer com isso:

"As forças propulsoras por trás do jornalismo, visando basicamente à maior audiência, levam a uma deturpação condenável da cobertura dos fatos. [...]
Indevidamente utilizada, a mídia pode se transformar numa máquina de lavagem cerebral, cuja distorção dos fatos consegue chegar ao absurdo de total inversão de causalidade. Em um mundo ansioso por explicações rápidas e simples, e sempre em busca de culpados claros, fruto de uma visão maniqueísta, a mídia adquire um poder estrondoso.
Imaginar uma mídia responsável e imparcial, que cumpre seu fundamental papel em uma sociedade aberta, parece apenas um sonho distante."

CONSTANTINO, Rodrigo. Prisioneiros da Liberdade, Belo Horizonte: Soler Editora, 2004

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Quanto vale a vida?

"Quem souber, fale em alto e bom som!"

No caso que cito abaixo, uma vida custa R$ 3.000,00.
Absurdo!

Um imprudente que atropela e mata duas pessoas, bate em uma mureta de proteção da rua e derruba um poste de iluminação pública não estava trafegando a 40km/h. Ou seja, essa criatura estava acima do limite da velocidade permitida. E o agravante é que ele estava embriagado, bêbado. Após ceifar duas vidas e causar prejuízos ao patrimônio público, o delinquente foi levado à delegacia e solto na mesma noite após pagar multa de R$ 6.000,00. Agora ele vai responder por homicídio e não sei mais o que em liberdade. Sabe o que vai acontecer? Nada. Não vai acontecer nada porque esse assassino em potencial tem grana e a justiça brasileira, infelizmente, não tem atuado coerentemente com quem tem uma boa conta bancária.
Triste realidade.