Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Um Vírus que destruiu um casamento

Sabe aqueles casamentos que dão inveja? Não no sentido pejorativo. Uma inveja boa. Pois assim estava sendo com Zoá e José. O casal era intimamente ligado. Eles se amavam, se respeitavam, tinham seus afazeres fora do relacionamento sem problema algum (ela lutava MMA e tinha roda de conversa com as amigas, ele jogava futebol e tocava rock´n´roll no violão com a galera), eram extremamente educados, iam ao cinema, andavam abraçados, tomavam sorvete, degustavam vinhos, faziam esportes radicais, trocavam olhares que diziam mais que muitas palavras. Enfim, nem em filme de romance havia um casal tão perto da perfeição como aquela.
E tudo estava muito bom, indo muito bem. Até que...
- José, eu não aguento mais! Não dá. Depois que você trouxe esse Vírus pra dentro de casa a gente não está mais se entendendo.
- Zoá, querida. Já cansei de pedir desculpas. Eu sei que quem fez a cagada fui eu, mas eu estava bêbado e meus amigos todos disseram que seria uma boa.
Ela não conseguia engolir essa desculpa. O Vírus deixou a casa de cabeça para baixo. E o relacionamento havia se tornado um caos desde que isso aconteceu.
- Amor, não foi proposital. Na hora eu pensei estar fazendo uma grande coisa. Mas também estou ficando de saco cheio dessa situação. 
- Ah é, José! É assim? Já que assumistes o erro, assuma também as consequências. Eu vou para a casa da minha mãe. Quando ela soube dessa história toda, me disse que eu poderia retornar quando quisesse. Acho que chegou a hora.
O rompimento era inevitável por tudo o que vinha acontecendo. Aquele casal de filme de romance se transformara em filme de terror. É bom poupar dos detalhes para não chocar os leitores.
E história linda ficou para trás por conta do coração grande e solidário de José, que trouxe o Vírus para dentro de casa. Agora aquela casa bonita e bem decorada era somente dos dois, José e Vírus. Zoá jurou por tudo o que há de mais sagrado no mundo e fora dele que não retorna mais à casa e que jamais sequer pensará em reatar o relacionamento.
Agora Vírus, o vira-latas que foi recolhido da rua por José numa noite depois do futebol com os amigos, tinha um espaço e tanto para continuar com as peripécias naquela enorme mansão.

Verifique se sua esposa ou seu marido gosta de animais de estimação antes de levar um para dentro de casa. 
Aaaahh, e tenha cuidado com nome que fores escolher para o animalzinho, que é para evitar equivocidades/dubiedades de interpretação como no caso desse breve relato.

=)

4 comentários:

  1. Uau! Mas que blog!
    Estou aqui te conhecendo, mas tive que parar para este elogio.

    Abraços.

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  2. Bem vinda, Marcela!
    Obrigado pela visita e pelo comentário.
    Estás convidada para voltar quando quiseres.
    ;)
    Hasta!

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  3. Acho que esse Vírus poderia ser qualquer outra coisa, pois a mínima discordância o casal iria se separar. Talvez, a falta de compreensão e respeito com o espaço e a vontade do outro seja uma tarefa tão árdua, que o amor não tem vez, né? Beijinhos e muito obrigada pela sua visita.

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  4. O amor á algo tão mágico, né Aline?! Pena que não se sustente por si só.
    Sempre bem vinda.
    Beijinhos ;)

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