Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

O homem não está, naturalmente, vocacionado para a felicidade

"Por que Kant não concorda com Mill? Para Kant, a felicidade não é o que existe de mais importante. Para Kant, a felicidade não é o bem maior. Para Kant, a felicidade não é aquilo que devemos buscar de qualquer jeito. E por que não? Porque isso significaria usar um martelo para pintar uma parede; estamos com o instrumento errado. O homem não está, naturalmente, vocacionado para a felicidade. Ele não é construído para isso, ele não é feito para isso. Por quê? Porque ele é, antes de mais nada, um ser de reflexão, de pensamento. E o pensamento, segundo Kant, atrapalha a busca da felicidade, é um obstáculo para maximizar a busca do prazer e diminuir a dor. E, portanto, é muito mais competente para buscar o prazer e diminuir a dor quem não pensa. E quem não pensa e pode sentir prazer e dor são animais. Portanto, a teoria de Mill funciona para uma girafa, funciona para um macaco, funciona para um animal qualquer, mas não funciona para nós. Por quê? Porque o que existe de mais importante em nós é a capacidade de pensamento e a capacidade de pensamento não é o que existe de mais adequado para buscar a felicidade. Por isso, você julgar a conduta das pessoas em nome da felicidade é julgar pelo critério errado; funciona para animais."

Professor Clóvis de Barros Filho, em aula sobre sobre o pensamento de Kant.

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