Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Talk


Nascemos indefesos. E ficamos assim por um bom tempo.
Sozinhos não supriríamos nossas necessidades básicas. Por isso nossos pais e família ficam nos dando esse suporte. Mas aos poucos aprendemos algumas manhas da vida.
Andar. Quanto ralar os joelhos até aprendermos a dar os primeiros passos, bundadas no chão ao cairmos para trás, cabeçadas em cantos de móveis, quedas de escadas, tropeços nas próprias pernas. Nem parece que hoje andamos com tamanha propriedade, dadas as etapas cômicas que já superamos.
Acontece que agora, adultos ("gente grande" como dizem alguns) os tropeços, os tombos ainda podem acontecer. Para além do sentido físico, tais quedas acontecem com um sonho frustrado, a perda de um emprego, uma briga com alguém especial para nós, a morte de uma pessoa querida, amada e por aí adiante. E isso ainda pode ter o agravante de não termos mais aquele suporte familiar que tínhamos no início da vida e que durou até uma fase pós adolescência. Alguns até podem dizer que temos amigos para nos apoiar nos momentos difíceis. Sim, temos. Mas dar apoio não implica que eles farão todo o resto por nós.
Onde quero chegar com isso? Que a vida do "viveram felizes para sempre" não costuma sair das telas do cinema. Na vida real as coisas nem sempre são certinhas como nos contos de fada. Aqui na sociedade dos homens existem erros, frustrações, equívocos... E quando a vida bate a porta na nossa cara temos que lamber nossas feridas para continuarmos nossos caminhos. Às vezes não é fácil, mas precisamos re-aprender a andar, pois as quedas de agora exigem tanto de nós para nos reerguermos quanto o esforço que empenhávamos para colocarmo-nos em pé quando dos primeiros tropeços. Nesse processo, o auto-conhecimento pode ser de extrema importância. Não menos importante é reconhecer quando precisamos de ajuda e ter a humildade de buscar por alguém que compartilhe desse momento conosco.
Andar. Eis algo que é constante em nossa vida. No andar estão incluídos os momentos de pausa para tomar fôlego e seguir adiante, os passos para trás para impulsionar um passo mais firme logo ali na frente. Enfim, andar. Esse pode ser um indicativo de que, até certo ponto, podemos nós mesmos traçar nossos próprios caminhos. 
  

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