Não poderia deixar de prestar minha homenagem aos palhaços espalhados por este mundão sem fronteiras.
Da mesma forma, não poderia deixar de agradecer o pessoal da Patrulha do Riso pela parceria, pelas vivências, pelas experiências, pelas gargalhadas, pelos momentos de atenção, de riso, de lágrimas... Certamente o aprendizado compartilhado compensou todo e qualquer esforço. O primeiro passo foi dado, mas ainda muitas coisas terão que ser construídas, ressignificadas...
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Ser palhaço é uma arte.
E foi tentando saber um pouco mais desta arte que me deparei com a importância delegada ao corpo. Antes ele era apenas meu contorno, minha casca; agora compreendi que muitas vezes, como diz Pierre Weil, o corpo fala. Às vezes posso fazer uma pessoa se sentir melhor sem o uso do toque sensorial ou das palavras. Isso é primário, mas tive que trabalhar isso comigo para me sentir melhor na interseção para com o outro.
Falando em interseção, esse contato (não necessariamente físico) com o outro pode ser terapêutico não só para ele, mas para eu próprio. O palhaço pode ser um mediador entre a pessoa e o mundo da fantasia, do riso, do amor. E neste processo ambos passam por processos de ressignificação. Portanto, ser palhaço, além de poder proporcionar momentos mais alegres e descontraídos para o outro, é um movimento dialético, no qual o próprio refazer está sempre em voga.
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Para que os corações se regozigem e se deixem contagiar pela paz, pela luz, pela serenidade, pelo amor... selecionei uma canção que poder ser considerada como um hino: Detonautas Roque Clube, em Oração do Horizonte. Ouça-a até o último segundo e reflita.
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