Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Histórias de Thedy II

Anos 80.
À noite tinha show dos Paralamas do Sucesso no Circo Voador, em Porto Alegre.
Um sujeito pensou em ir a uma loja comprar uma roupa bacana e para o show matar a pau. Ele queria ser percebido pelas cocotinhas, como eram chamadas as meninas na época. A loja que o sujeito foi para arranjar as roupas se chamava saco e cuecão. Lá ele comprou o traje que vestiria logo mais à noite, da cabeças aos pés.
Após o banho o cidadão foi para a frente do espelho. Cueca vestida... bastante desodarante e...
Ele botou uma camisa manga longa de um tecido sintético, muito abafada. Detalhe da camisa: cor verde-limão. Para incrementar, gravata laranjada. A calça era xadrex (azul escuro e azul claro), sem botões ou cinta, de elástico na cintura. Para completar o figurino, sapato mocassim de solado branco. Nos cabelos muito, mas muito gel, pois o cara não tinha noção da quantidade do produto suficiente para fixar o penteado.
Imagina a figura!
Saiu na correria, já meio queimado (atrasado). O porteiro quase caiu da cadeira rindo. Aí ele se deu por conta que tinha feito bobagem. Mas atrasadão do jeito que estava, o lance foi sair na corrida. Para economizar a grana do táxi ele foi a pé. Duas quadras depois já estava todo desfigurado. O suor o deixara com um cheiro insuportável, com aquele círculo embaixo do braço.
Quando chegou no local do show, os colegas caíram na gargalhada, pois o pessoal estava vestido normalmente e ele ali, como um rockstar dos anos 80. A única pessoa que não riu foi uma moça que ele já havia espichado o olhar para ela. Ela já conhecia ele e pediu que ele fosse ao banheiro, tirasse o gel, pusesse a gravata fora. E lá foi ele. E fez o que ela recomendara. Quando voltou para a festa eles ficarm juntos.
E neste dia começou a nossa história, que continua até hoje e só parece melhorar.
*****
Essa é a história que Thedy musicou. Dela surgiram os versos de Julho de 83.
Diferente da contada no outro post, a particularidade desta é que o casal em questão continua junto.
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Acompanhando a letra dá para perceber as particularidades da situação.

Bom proveito.
Abraço.
Hasta siempre!

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