Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

domingo, 13 de junho de 2010

O Velho e o Mar

Havia tempo que eu alimentava a curiosidade pelo livro O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway. É uma obra publicada originalmente em 1952, chegando a sua 65ª edição em 2009.

A história fictícia relata a rotina de um velho pescador, Santiago, que, apesar de toda sua experiência, passa longos 84 dias sem pescar sequer um único peixe. Outrora um menino, Manolin, o acompanhava em sua jornada, mas, devido à má sorte, sua família o proibiu de pescar com o velho.
Santiago, então, vai ao mar sozinho em seu pequeno barco. Nas primeiras tentativas o velho não obteve sucesso e tudo indicava que seria difícil fisgar algum peixe. Porém, para sua surpresa, um peixe enorme mordeu a isca. E não era um peixe qualquer. Por ser grande e forte, foi levando a linha do pescador e fazendo que o barco o seguisse. Foi assim durante o dia todo. E durante a noite também. Neste tempo o velho sentiu o peso da idade, as dores no corpo, as mãos calejadas e cortadas pela linha, a fome saciada com pedaços de peixe cru...
Chegou o tempo que o peixe dava sinais de cansaço. Passado todo esse tempo preso, nadando em busca de se libertar da presa do pescador, o peixe enfim saltou da água, dando visibilidade ao seu tamanho gigantesco. Santigo o vencera no cansaço e, pode-se dizer, na técnica.
A companhia do garoto fazia falto ao velho pescador. Agora mais ainda por ter que prender o peixe junto ao barco, já que não podia carregá-lo (o que certamente afundaria o pequeno barco devido ao peso do peixe). Sozinho ele realizou este trabalho, que considera trabalho escravo. Retornando o longo  percurso, a fome, a sede e as dores eram ainda maiores. Além disso, o sono era algo que incomodava o pescador. Em alguns instantes Santiago delirava, falava consigo mesmo em voz alta, filosofava em alto mar. Porém, seu maior regozijo era pensar no quão lucrativo negócio seria vender o peixe. Mal pensava ele o que estava por vir.
No confronto que teve para matar o peixe que agora trazia consigo, o sangue despertou o instinto de tubarões. Como o cheiro se espalhou pelas águas, inesperadamente, após algum tempo, surgiu o primeiro tubarão. Santiago viu o predador se aproximando e quando o tubarão atacou o peixe, arrancando um pedaço da cauda, foi desferido um golpe certeiro com o arpão. O pescador vencera mais esta batalha. Algum tempo depois, como era de se esperar, mais dois tubarões se aproximaram e atacaram o enorme peixe, que sangrara novamente, deixando o cheiro nas águas. Novamente o pescador foi certeiro com seu arpão e desferiu golpes mortais nos predadores. Porém, desta vez seu arpão se quebrou num destes golpes, deixando o velho sem instumentos de defesa.
Cansado, sim, mas ainda com espírito de guerreiro, Santiago, já prevendo novos ataques ao que restava ainda do peixe, desfigurado pelos ataques anteriores, amarrou um faca a um dos remos. Sua arma agora era esta. Funcionou até certo ponto, mas chegou uma hora que os inúmeros tubarões acabaram com o peixe que o velho carregava amarrado junto a seu barco. A luta terminara.
O barco agora estava mais leve e se deslovava com mais velocidade. O pescador sentia-se um infortunado por ter ficado tão perto de quebrar o jejum de tantos dias sem trazer nada da pescaria. Voltando à terra firme, o mal-estar o fez desmaiar... e quem o encontrou foi o garoto, seu amigo Manolin...

Isso aí.
Abraço.
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