Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sala de aula II

Complementado o que foi dito em "Sala de aula I": a educação brasileira está sucateada. E isso não é novidade para ninguém. Ou será que o discurso meramente político de que os dados apontam para melhorias neste setor esá convencendo a população?
Qualidade? O que é isso para os governantes? A preocupação deles é com estatísticas. Então tem avaliações de tudo quanto é ordem e para tudo quanto é modalidade. E o mais incrível é que, não sei como, tais dados indicam que o Brasil está melhorando no ranking dos países com uma suposta educação qualificada. Qualificada pra que? 

Peguemos nossos hermanos argentinos e vejamos quantos livros um universitário de lá lê em um ano. No mínimo o dobro ou o triplo de um acadêmico brasileiro. Tudo bem, há quem diga que conhecimento não se adquire apenas nas páginas de livros. Concordo plenamente. Mas o fato é que não se vai muito longe sem leitura, sem ampliar horizontes. E olha que estamos comparando aos nossos vizinhos sulamericanos. Se olharmos os índices de um país mais desenvolvido seremos massacrados, dando vexame, passando vergonha...

Tenho percebido que acadêmicos estão passando pela graduação e ganhando diplomas de presente. Ou melhor, comprando diplomas. Aliás, muito bem pagos, por sinal. Os de universidades e faculdades privadas pagando com seu próprio dinheiro; os de instituições públicas ou bolsistas de programas federais, com o nosso.
Quando no escrito anterior comentei sobre os reflexos futuros de uma formação precária, me referi aos desafios de uma sociedade que terá profissionais inseguros, incompetentes, fingindo saberem o que, na verdade, ignoram, não sabem. Aí vem aquele crítico e diz que a teoria não necessariamente tem a ver com a prática ou que a pessoa pode ser um bom estudante e um péssimo profsissional ou vice-versa. Perfeito. Também compactuo com essa teoria. Porém, a prática tem que estar fundamentada em algo. Se não numa sólida formação, de onde virão os conhecimentos necessários para o exercício da profissão? Iluminação divina? 
Dias atrás vi uma notícia de acadêmicos do curso de Direito de uma renomanda Universidade aqui do Rio Grande do Sul que compraram, vejam bem, Trabalhos de Conclusão de Curso. Como se não bastasse isso, os trabalhos comprados eram plágios, já haviam sido defendidos e publicados por outras pessoas. Dá para acreditar? Sim, quem convive com o dia-a-dia da educação sabe que é perfeitamente concebível que isso aconteça. A maioria dos alunos não leem. Alguns até leem muita coisa, mas não sabem interpretar o que acabaram de ler. Talvez por isso são poucos os que escrevem de forma correta. E, volto à minha inquietação, isso terá reflexo em nossa sociedade. Como serão os professores, médicos, enfermeiros, advogados, cientistas, engenheiros, arquitetos e tantos outros profissionais indispensáveis para nós? Ah, e claro, não dá para deixar de lado: como serão nossos políticos, as pessoas que ditam os rumos da nação?

Até uma próxima...

Abraço.

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