Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Caminhos tortos

Às vezes
precisamos nos perder
para sabermos aonde realmente
queremos chegar.
Então saberemos
o ponto em que estamos
e o que temos que fazer
para de fato chegar. 
E é hora
de nos perdermos
 novamente.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Onde vamos parar?

"A modernidade foi responsável por uma série de mudanças na nossa forma de ver e sentir o mundo. A revolução tecnológica inundou de conforto nossas vidas. Dispomos de uma imensa variedade de coisas que facilitam nosso dia a dia, porém não encontramos tempo disponível para cultivarmos o nosso lado afetivo. O convívio reconfortante com a família, os amigos e o amor romântico parecem ser coisas do passado, algo lembrado com nostalgia, mas avaliado como utopia nos dias atuais. O desenvolvimento econômico nos tempos modernos fundamenta-se na crença cega de que não podemor "parar" nunca: há sempre o que aprender, conquistar, possuir, descobrir, experimentar... Nada nem ninguém é capaz de nos satisfazer plenamente, pois sempre há novas possibilidades para serem testadas na conquista da tal realização pessoal.
A realização proposta por nossa sociedade só pode ser de aspecto material, pois afetos verdadeiros não podem ser adquiridos nem substituídos na velocidade que nossos tempos preconizam. A cultura do individualismo e o desejo de conseguir bem-estar material a qualquer custo têm provocado erosão dos laços afetivos dentro da nossa sociedade. Com isso, virtudes como a honestidade, a reciprocidade e a responsabilidade com os demais caem em total descrédito. E assim, repletos de conforto e tecnologia, acabamos por nos tornar cada vez mais sozinhos e menos comprometidos com nossos semelhantes." (p. 215-216)

"O saber e o ser já foram bens de alto valor moral social. Hoje vivemos os tempos do ter, em que não importa o que uma pessoa saiba ou faça, mas sim que ela tenha dinheiro (de preferência muito) para pagar por sua ignorância e por suas falhas de caráter." (p. 180)

Constatação de Ana Beatriz Barbosa Silva em Mentes Perigosas - O Psicopata Mora ao Lado, Ed. de bolso, Rio de Janeiro: Objetiva, 2010.

E a minha perguntinha: onde vamos parar? Ou lê-se ao invés dela: o que estamos nos tornando?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Quem nunca levou uma queda de bicicleta?

Existem coisas quase que universais. Na minha opinião, cair de bicicleta é uma delas. Ou você cai aprendendo a se equilibrar ou, mais tarde, peca por excesso de confiança e então... E são tantos os tipos de quedas que algumas deixam marcas para a vida toda, tanto no corpo, quanto na memória. 

Por volta dos 10, 12 anos de idade eu tinha uma BMX-Monark e estava gostando da idéia da adrenalina, rampar, fazer manobras, descer lombas sem frear. Volta e meia eu caía, me ralava um pouco, mas olhava ao redor, sacudia a poeira e continuava com a empreitada. Mas nessa queda - a que lembro até hoje e, provavelmente, nunca deixarei de lembrar (a menos que daqui a alguns anos o alemão Alzheimer venha me visitar) - foi diferente.  

Cheguei em casa todo machucado, mas machucado mesmo! Então minha mãe, depois das costumeiras palavras "eu avisei", "você não me escuta" etc. e tal passou pomada nas pancadas, me deu antiinflamatórios, me mandou para o banho, para depois fazer curativo nas escoriações, e preparou um sanduíche que ela sabia que eu amava (e que talvez iria camuflar um pouco a dor).
Banho tomado, estava eu cheio de "ai-ai-ai", meio robótico, dor aqui, dor acolá e minha mãe caprichando nos curativos.
Devorado o sanduíche, fui escovar os dentes. Só que algo estava errado.

Quando olhei no espelho faltava um dente que eu tinha certeza que antes da queda estava lá.
Corri para mostrar para minha mãe. Ela afirmou que depois da queda ele também estava lá. Já que ela fizera um raio x, olhando dos pés à cabeça para ver os resultados do tombo, provavelmente ela havia mesmo visto meu ex-dente na minha boca.
Até hoje isso é uma incógnita. Nossa tese, minha e da minha mãe, é que na queda eu bati a boca e isso afrouxou o dente. Então na empolgação com o sanduíche, provavelmente eu acabei engolindo o dente.

Deve ser por isso que tenho probelmas intestinais até hoje. Heheheh

E, conforme o título da postagem, quem nunca levou uma queda de bicicleta?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Aprendendo na fila

Na fila do correio ouço atento um homem ao telefone, aparentando serenidade:

- Fica tranquilo. Convida um amigo, uma amiga, alguém que você conhece, sei lá, para ir a uma sorveteria. E não esquenta. A vida da gente é cheia de decepções mesmo, ou é no trabalho, ou é nos relacionamentos e tudo mais. A gente só tem que ser forte, porque senão o coraçãozinho da gente sofre mesmo.

Precisa explicar alguma coisa?

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O bem e o mal*

"[...]Resolvi fazer uma pesquisa pra saber exatamente o que eu sentia por você. Fiquei confuso e transtornado quando descobri que não havia mas nada a se fazer.
E uma voz no meu ouvido direito insistia em me fazer seguir em frente. Enquanto a voz do outro ouvido me orientava a ser mais resistente.

É a dúvida entre o que é realmente bom e o que é realmente ruim, porque o certo pra você pode não fazer o mesmo efeito em mim.
E se tratando de habitantes do mesmo planeta isso pode ser fatal. É a escolha entre seguir com o bem sem saber direito o que é o mal[..]."

*Detonautas Roque Clube
pêésse: correria! Só mesmo com música pra não dar "tilti"...

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Simples assim

Que 2011 seja simples assim para todo mundo
(tá bom, sei que não tem como, que é utopia,
mas deixa eu sonhar).
A imagem foi copiada do post 2011 do Blog Versos Íntimos, da Janaína

Tem um "arthur" aí no meio que não sei do que se trata. Tem uma "megasena" que ma ajudaria muito em se tratando de grana, mas creio que estragaria minha vida (ainda não aprendi a lidar com as cifras - rs). E tem também "igualdade" que não pode ser aplicada simplesmente porque não somos iguais, somos seres biopsicossociais com oportunidades diferentes e uma gama de outros fatores que nos tornam únicos, singulares, inigualáveis.

Abraço.