Um pouco de tudo... e também de nada. Aqui expresso minhas representações acerca do que penso, sinto, faço, vivo...
Originalidade?
Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!
quarta-feira, 28 de março de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
A farra das diárias
Tem como não ficar puto da vida em época de declaração de Imposto de Renda? Há quem reclame por pagar muito de imposto; já outros, como eu, ficam decepcionados por não declarar o IR porque os rendimentos anuais ficam abaixo do que estabelece a lei do leão.
Como eu sou um curioso nato, decidi dar uma olhada nas diárias que foram pagas aos servidores do Poder Legislativo do Rio Grande do Sul, no Portal da Transparência. Tais diárias são referentes ao período de janeiro a março deste ano. O resultado é o seguinte (e vou citar somente os valores recebidos em diárias acima de R$ 5.000,00):
Aloisio Talso Classmann: R$ 7.044,90 (viajou para Santiago da Compostela, na Espanha, do dia 21 ao dia 28 de janeiro);
Antônio Carlos Gomes da Silva: R$ 6.120,99;
Diógenes Luiz Basegio: R$ 6.991,50;
Edson Meurer Brum: R$ 11.722,91;
Ernani Polo: R$ 14.344,85;
Gilberto Capoani: R$ 11.652,50;
Gilson Pereira: R$ 9.356,90;
José Antônio Junior Frozza Paladini: R$ 6.292,35;
José Franciso Soares Sperotto: R$ 8.156,71;
Jurandir Marques Maciel: R$ 6.023,22;
Luis Fernando Schmidt: R$ 10.254,20;
Marlon Arator Santos da Rosa: R$ 9.788,10;
Nelson Luiz da Silva: R$ 5.312,17;
Pedro Bandarra Westphalen: R$ 10.193,25;
Pedro Ozorio Pereira: R$ 5.847,75;
Ronaldo Santini: R$ 7.560,42;
Volmir José Miki Breier: R$ 5.876,53;
Zilá Maria Breitenbach: R$ 8.766,14.
Eu tentei somar a quantia que estas 18 pessoas receberam em diárias nestes 3 meses de 2012, mas são tantos números que eu me perdi. E esses números são só o começo dos rombos no dinheiro público gastos em sabe-se lá o que.
Para bancar estas diárias sobra dinheiro (talvez nelas estejam inclusos custos de wisky importado e acompanhantes; vai saber...); para umentar escandalosamente os salários dos Deputados tem dinheiro; mas para dar qualificação aos profissionais e remunerá-los com o mínimo de dignidade que eles merecem, aí governo nenhum tem como bancar.
Fica então minha homenagem à Gangue da Matriz.
quarta-feira, 21 de março de 2012
O jeitinho brasileiro não tem jeito mesmo
"Excesso de peso danifica a rodovia. Denuncie."
Prestei atenção em uma placa dessas no início da semana. E andei pensando sobre isso.
Fiz milhares de quilômetros em fevereiro, durante minhas férias. Não lembro de ter visto um posto de pesagem. Oras, o Brasil é o país do jeitinho, então muitas pessoas aproveitam a falta de fiscalização e andam por aí com toneladinhas a mais em suas cargas. É lógico que isso contribui para que o asfalto fique danificado.
Aí vem as licitações forjadas, superfaturadas e tudo mais que estamos carecas de saber para refazer trechos asfálticos. Mais uma vez o jeitinho brasileiro entra em cena: faz-se uma camada de asfalto com qualidade bem inferior para que sobre grana para o pessoal do esquema sujo.
Isso é malandragem, falcatrua, roubo, descaso, corrupção.
Estou me convencendo que no Brasil quem se rala é o trabalhador honesto, infelizmente.
E os péssimos exemplos de quem deveria dar bons exemplos só faz com que cada dia mais pessoas rumem para a banda podre. Que desgraça!
Prestei atenção em uma placa dessas no início da semana. E andei pensando sobre isso.
Fiz milhares de quilômetros em fevereiro, durante minhas férias. Não lembro de ter visto um posto de pesagem. Oras, o Brasil é o país do jeitinho, então muitas pessoas aproveitam a falta de fiscalização e andam por aí com toneladinhas a mais em suas cargas. É lógico que isso contribui para que o asfalto fique danificado.
Aí vem as licitações forjadas, superfaturadas e tudo mais que estamos carecas de saber para refazer trechos asfálticos. Mais uma vez o jeitinho brasileiro entra em cena: faz-se uma camada de asfalto com qualidade bem inferior para que sobre grana para o pessoal do esquema sujo.
Isso é malandragem, falcatrua, roubo, descaso, corrupção.
Estou me convencendo que no Brasil quem se rala é o trabalhador honesto, infelizmente.
E os péssimos exemplos de quem deveria dar bons exemplos só faz com que cada dia mais pessoas rumem para a banda podre. Que desgraça!
quinta-feira, 15 de março de 2012
sábado, 10 de março de 2012
As respostas prontas
Li no Jornal Diário Catarinense de hoje que Lucio Mauro Filho está viajando pelo país com seu monólogo "Clichê". O espetáculo é, de certa forma, uma crítica ao excesso de frases feitas e conta com mais de 600 expressões clichês que se expandem e se reproduzem diariamente.
Em uma rápida entrevista dada ao jornal, o ator declara algo que merece ser ponderado: "Com o advento da internet as pessoas estão cada vez mais rasas". Isto é, de fato, verificável na maioria das conversações do mundo cibernético, principalmente em redes sociais, onde as frases feitas são repetidas com extrema frequência.
O perigo de utilizar os jargões é que eles podem estar deslocados do significado original, além de desprezarem uma série de fatores.
Vamos a um exemplo: No "Pequeno Príncipe", do escritor Antoine de Saint-Exupéry, uma frase ultrapassou gerações e vem sendo reproduzida aos quatro ventos. Trata-se de algo que uma raposa ensinou a uma criança, ambas personagens do livro, sobre o amor: "Só se vê bem com o coração; o essencial é invisível aos olhos". Pois bem, para o enredo do livro esta é uma verdade que tem um contexto. Ela revela ainda os traços de como pensava Saint-Exupéry, o autor da obra. Mas isso não implica que esta seja uma verdade universalmente válida quando se trata do amor ou de qualquer outro tema.
Pode acontecer que, mesmo se tratando de amor, alguém tenha uma representação de mundo na qual o que tem mais valor é justamente o contrário, ou seja, aquilo que olhos veem. Isso já seria suficiente para derrubar a lição de que "o essencial é invisível aos olhos".
Ainda outros jargões são utilizados como se valessem para todas as pessoas e em todas as situações.
"Errar é humano, perdoar é divino". Algumas pessoas perdoam porque tem uma ligação amorosa, ou por amizade, ou por caridade e por tantos outros motivos. Mas isso não quer dizer que elas sejam divindades ou seres de outra galáxia.
"Para amar o outro é preciso amar a si mesmo". Não precisamos nos esforçar para perceber que algumas pessoas não estão nem aí para si mesmas e amam profundamente outras.
"É dando que se recebe". Então há sempre este processo de troca, de escambo no qual se da algo pensando em ser retribuido?
Esses e outros infindáveis exemplos podem contribuir para que pensemos que cada pessoa tem uma representação única de mundo e que não necessariamente ela vai pensar e agir como pensa e age a maioria. Algumas até vão nesse ritmo, mas não todas...
Em uma rápida entrevista dada ao jornal, o ator declara algo que merece ser ponderado: "Com o advento da internet as pessoas estão cada vez mais rasas". Isto é, de fato, verificável na maioria das conversações do mundo cibernético, principalmente em redes sociais, onde as frases feitas são repetidas com extrema frequência.
O perigo de utilizar os jargões é que eles podem estar deslocados do significado original, além de desprezarem uma série de fatores.
Vamos a um exemplo: No "Pequeno Príncipe", do escritor Antoine de Saint-Exupéry, uma frase ultrapassou gerações e vem sendo reproduzida aos quatro ventos. Trata-se de algo que uma raposa ensinou a uma criança, ambas personagens do livro, sobre o amor: "Só se vê bem com o coração; o essencial é invisível aos olhos". Pois bem, para o enredo do livro esta é uma verdade que tem um contexto. Ela revela ainda os traços de como pensava Saint-Exupéry, o autor da obra. Mas isso não implica que esta seja uma verdade universalmente válida quando se trata do amor ou de qualquer outro tema.
Pode acontecer que, mesmo se tratando de amor, alguém tenha uma representação de mundo na qual o que tem mais valor é justamente o contrário, ou seja, aquilo que olhos veem. Isso já seria suficiente para derrubar a lição de que "o essencial é invisível aos olhos".
Ainda outros jargões são utilizados como se valessem para todas as pessoas e em todas as situações.
"Errar é humano, perdoar é divino". Algumas pessoas perdoam porque tem uma ligação amorosa, ou por amizade, ou por caridade e por tantos outros motivos. Mas isso não quer dizer que elas sejam divindades ou seres de outra galáxia.
"Para amar o outro é preciso amar a si mesmo". Não precisamos nos esforçar para perceber que algumas pessoas não estão nem aí para si mesmas e amam profundamente outras.
"É dando que se recebe". Então há sempre este processo de troca, de escambo no qual se da algo pensando em ser retribuido?
Esses e outros infindáveis exemplos podem contribuir para que pensemos que cada pessoa tem uma representação única de mundo e que não necessariamente ela vai pensar e agir como pensa e age a maioria. Algumas até vão nesse ritmo, mas não todas...
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