A frase do título do post é de um dos precursores do existencialismo, Fiódor Dostoiévski. Nunca tinha lido nada deste autor, até que numa visita a uma banca de revistas vi um livro em edição de bolso com partes de Notas do Subsolo e de O Grande Inquisidor, capítulo de Os Irmãos Karamázov. Deixo aqui algumas citações que destaquei deste escritor que considerou o momento histórico a que o homem está submetido e compreendeu nossa grandeza trágica, já que estamos divididos entre nossa liberdade e nossos abismos mais profundos.
Boas reflexões.
"Jamais consegui me tornar nada, nem mesmo me tornar malvado; não consegui ser belo, nem mau, nem canalha, nem herói, nem mesmo um inseto. E, agora, termino a existência no meu cantinho, onde tento piedosamente me consolar, aliás, sem sucesso, dizendo-me que um homem inteligente não consegue nunca se tornar alguma coisa, e que só o imbecil triunfa. Sim, meus senhores, o homem do século XIX tem o dever de ser essencialmente destituído de caráter; está moralmente obrigado a isso. O homem que possui caráter, o homem de ação, é um ser essencialmente medíocre. Tal é a convicção de meus quarenta anos de existência."
"O homem se vinga porque considera que isso é justo. Encontra então o princípio fundamental que procurava: é a justiça."
"O homem é bruto, terrivelmente bruto, ou, melhor dizendo, não é tão bruto quanto ingrato, e é difícil encontrar quem seja mais ingrato que ele."
"Nossos desejos se enganam muito frequentemente, porque nos enganamos na avaliação dos nossos interesses."
"Se o coração não é puro, a consciência não pode ser clarividante, nem completa".
"Todo homem honesto em nossa época é necessariamente um covarde, um escravo."
"Os pais amam sempre as filhas, mais que as mães. As filhas são geralmente felizes na casa paterna."
"Ninguém deve conhecer o que se passa entre marido e mulher, se eles se amam verdadeiramente. Quaisquer que sejam as desavenças, não devem tomar como juiz nem mesmo sua mãe e nem contar seja o que for. São eles mesmos os seus próprios juízes. O amor é um mistério divino e que deve permanecer escondido aos olhos de todos, aconteça o que acontecer. É melhor assim, é mais santo."
"Oh maldito romantismo dos corações puros! Oh vileza! Oh burrice! Oh mediocridade dessas vulgares almas sentimentais."
"Não tenho vergonha da minha pobreza... Ao contrário, estou orgulhoso dela. Sou pobre, mas sou honesto."
"Não há nada de mais sedutor para o homem que o livre arbítrio, mas também nada mais doloroso."
Um pouco de tudo... e também de nada. Aqui expresso minhas representações acerca do que penso, sinto, faço, vivo...
Originalidade?
Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
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