Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Os dias melhores começam com a gente mesmo - e agora!

Vejamos uma mesma história, porém por paradigmas distintos. Que cada um(a) analise e possa refletir a respeito. A cena é a seguinte.

Um pai de família está ocupado ajudando sua esposa a preparar o almoço. Ele pede, então, que o seu filho vá até a padaria e compre pães. A cédula de dinheiro que o pai dá ao filho é do valor total de pães que a família necessita, ou seja, uma nota de R$ 5,00. O filho recebe a seguinte orientação: "filho, vai na padaria, fazendo favor, e peça cinco reais de pães". Uma dica simples para um adulto, talvez um pouco complicado para Joãozinho, um menino de 8 anos pouco acostumado a fazer compras.
O garoto se desloca até a padaria e ao chegar no balcão a atendente nem o cumprimenta e já recebe o pedido: "tia, eu quero cinco reais de pães". Ela providencia os pães e a criança entrega os R$ 5,00 para ela. Provavelmente por ter confundido a cédula de dinheiro, a atendente vai até o caixa e trás R$ 5,00 de troco para Joãozinho. Como ainda não tem propriedade sobre como funciona essa coisa de fazer compras, Joãozinho volta para casa com os pães e com R$ 5,00. 
Surpreso, seu pai pergunta se ele deu o dinheiro para a tia da padaria. Joãozinho afirma que sim. E que ela foi no caixa e devolveu esse dinheiro de troco.

Paradigma 1
O pai certamente percebe que a atendente se equivocou na devolução do troco para o Joãozinho (neste caso específico não havia troco a ser devolvido). Ele se dirige com Joãozinho até a padaria, pede que ele mostre quem o atendeu e então chama a moça. "Senhora, meu filho esteva aqui há pouco. Eu dei R$ 5,00 para ele e pedi que ele levasse em pães, mas ele voltou com os mesmos R$ 5,00. Acho que a senhora se enganou. Não precisava devolver troco algum. Esses R$ 5,00 são da padaria. Desculpa o inconveniente. Tenha um bom dia".
E logo explica para o Joãozinho que aquele dinheiro não pertencia à família, que a tia da padaria tinha se enganado e que o dinheiro tinha que ser devolvido, porque isso era a coisa certa a se fazer.
Pai e filho seguem, então, para casa onde se juntam com a esposa/mãe para confraternizaram no almoço.

Paradigma 2
O menino chega com os pães e com os R$ 5,00. Ao devolver o dinheiro para o seu pai, este ri e comenta com a esposa "olha só que otária aquela mulher da padaria, devolveu troco para o Joãozinho e nem precisava devolver troco algum". Ele dá o dinheiro para o menino e diz para ele comprar pirulitos ou fazer o que quisesse com o valor.
O menino corre para a rua, o pai fica almoçando no sofá, em frente à televisão, enquanto a esposa almoça sozinha à mesa.

Eu sou adulto e meu prazo de validade está se esgotando. Mas tem muita criança que tem uma vida inteira pela frente.  
Que educação estamos passando para elas? Quais os valores e exemplos elas estão recebendo de nós? Queremos um mundo melhor no futuro (partindo do aqui e agora, sem deixar para depois) ou pouco importa no que vai virar esse planeta?

Somos livres para pensar. Façamos isso!
E que os laços entre o discurso e as atitudes se estreitem, que diminua o precipício entre a teoria e a prática.


Salute e forza.
Seguimos em frente, 
buscando dias melhores.


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