Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Força guerreiros!

Já confidenciei algumas vezes aqui no blog minha inquietação perante um assunto nada agradável, a morte.

Ontem estava comemorando o aniversário de um amigo num camping quando, ainda pela manhã, recebi por telefone a notícia do incidente na Boate Kiss, em Santa Maria/RS. Minha mãe assustada me perguntando se alguém havia me avisado de algo, querendo saber se algum conhecido meu estava na tragédia. Nenhuma pessoa íntima minha estava entre as mais de duas centenas de vidas que foram ceifadas devido a um incêndio no local. Mesmo assim o domingo perdeu as cores, apesar do sol reluzente que perdurou por todo o dia.

Não sou perito, não sou juiz, não sou deus. Longe de minha pretensão está o julgamento sobre culpas, responsabilidades, aplicação de penas e tudo mais que cerceia o caso. Para isso existem autoridade competentes que tratarão de dar seguimento legal a tudo que está envolvido no caso.

Perdi o sono durante a noite, depois de ter pesquisado na internet informações sobre os fatos.
Li e ouvi relatos de pessoas que conseguiram sair com vida do local, de amigos e familiares de vítimas, de socorristas e voluntários que auxiliaram no momento do caos. 

Perplexidade pode ser uma palavra que tomou conta do meu ser. 
O meu organismo levou uma pancada muito forte com tudo isso. Meu coração chora e as lágrimas escorrem pelo meu rosto meio que involuntariamente. Minha respiração fica pesada e as ideias vagam, como se meus pés não tocassem o chão.
É claro que minha dor não se compara ao que estão sentindo os familiares e amigos das vítimas. Mas a dor da perda tem caracteres universais, os quais recaem sobre os ombros de quem possui compaixão, de quem é sensível à vida e vulnerável à morte.

Sonhos interrompidos no momento em que o intuito era se divertir. Corações despedaçados por ausências que jamais serão repostas. Muita coisa boa que seria posta em prática por esses jovens foi abortada na triste madrugada de 27 de janeiro de 2013.
Que as famílias e amigos das vítimas encontrem força nas energias que emanam de todos aqueles que de uma forma ou de outra tentam, cada qual ao seu modo, minimizar os efeitos desse vazio que a morte trás consigo.

Paz e luz aos que partiram. E aos que ficaram, forza! 



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