Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

sábado, 21 de junho de 2014

Pensou em escrever para a garota.
Mas escrever o que? Declarações de um amor romântico, que existe só existe no cinema e em alguns corações espalhados aos ventos, as quais ela acharia antiquadas, bregas? Ou algo sobre sexo, transa, meteção, fodeção, prazer ou ouras coisas que ela talvez achasse grosseria?
Estava ciente daquela velha história: se tenta aproximar, acaba afastando; se tanta dar um espaço, está sendo indiferente. Tinha ciência, também, de que uma interseção traria algumas respostas, mas havia alguns impeditivos que a estavam tornando confusa. Sabia estar num labirinto, num beco sem saídas, numa sinuca de bico, entre a cruz e a espada. Mas, ainda assim, estava disposto a tentar levar adiante aquilo que fazia o coração pulsar mais forte. 
Que porra de educação recebera que não lhe ensinaram nada sobre essas merdas de relacionamentos? E os murros que levou na cara e na boca do estômago com relações que só ele não via que dariam em nada? E tantas outras inquietações. E tantos outros pontos de interrogação. E tantas divagações. E tantas ideias complexas. E tantos sofrimentos, até que se prove o contrário, desnecessários. Tudo isso e mais um amontoado de lixo que só traziam sintomas ruins. 
Percebeu que estava indo longe demais com suas paranoias delirantes e que isso não estava fazendo bem nem a ele mesmo, nem à garota e nem à breve, mas intensa e linda caminhada, que estavam compartilhando juntos. 
Arrumou seu ninho, colocou um jazz para tocar e tentou desacelerar seu pensamentos e acalmar seu coração. Afinal, não poderia estar colocando novamente sua paz em algo fora dele mesmo. Mas estava. E precisava urgente achar uma solução para esse dilema, um equilíbrio para essa situação. Antes que fosse tarde demais...

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