Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

sábado, 27 de dezembro de 2014

O que habita minha alma

Na madrugada passada, lendo um texto do Rubem Alves chamado A alma é música, destaquei o seguinte: "a alma, no seu lugar mais fundo, está cheia de música." No mesmo momento me veio à cabeça uma música que ouvia com meu pai. Essa lembrança foi instantânea. A fita k7 branca, o rádio toca fitas preto com o botão de apertar para dar play e o de girar para dar volume, a estante onde o rádio ficava, a sala na antiga casa de madeira, entre tantos outros detalhes que saltaram à memória. Momento nostálgico.
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Isso me remeteu também à teoria platônica da reminiscência, que afirma que aquilo que aprendemos já está em nós, ou seja, estamos apenas rememorando algo que nossa alma já havia apreendido. A alma, por ter habitado o mundo inteligível, onde se contemplam as verdades absolutas, mesmo agora fazendo morada no mundo sensível, onde tudo é cópia imperfeita daquele outro, tem a capacidade de resgatar aquilo que antes foi contemplado, que, portanto, já está em nós.
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 A canção que lembrei é Shiny Happy People, do R.E.M. Ela fala de amor, de cuidado, de pessoas felizes dando as mãos e rindo.
Tenho a impressão que minh´alma deslumbrou muitas maravilhas no mundo inteligível. E é um prazer inominável quando eu resgato essas lembranças que já estão em mim, como nesse caso.
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Seguimos...


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