Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Convite!

Pessoas...
Quem tiver disponibilidade, fica a dica para a manhã de sábado, dia 1º de maio.
Vale a pena conferir.



Até mais.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Histórias de Thedy II

Anos 80.
À noite tinha show dos Paralamas do Sucesso no Circo Voador, em Porto Alegre.
Um sujeito pensou em ir a uma loja comprar uma roupa bacana e para o show matar a pau. Ele queria ser percebido pelas cocotinhas, como eram chamadas as meninas na época. A loja que o sujeito foi para arranjar as roupas se chamava saco e cuecão. Lá ele comprou o traje que vestiria logo mais à noite, da cabeças aos pés.
Após o banho o cidadão foi para a frente do espelho. Cueca vestida... bastante desodarante e...
Ele botou uma camisa manga longa de um tecido sintético, muito abafada. Detalhe da camisa: cor verde-limão. Para incrementar, gravata laranjada. A calça era xadrex (azul escuro e azul claro), sem botões ou cinta, de elástico na cintura. Para completar o figurino, sapato mocassim de solado branco. Nos cabelos muito, mas muito gel, pois o cara não tinha noção da quantidade do produto suficiente para fixar o penteado.
Imagina a figura!
Saiu na correria, já meio queimado (atrasado). O porteiro quase caiu da cadeira rindo. Aí ele se deu por conta que tinha feito bobagem. Mas atrasadão do jeito que estava, o lance foi sair na corrida. Para economizar a grana do táxi ele foi a pé. Duas quadras depois já estava todo desfigurado. O suor o deixara com um cheiro insuportável, com aquele círculo embaixo do braço.
Quando chegou no local do show, os colegas caíram na gargalhada, pois o pessoal estava vestido normalmente e ele ali, como um rockstar dos anos 80. A única pessoa que não riu foi uma moça que ele já havia espichado o olhar para ela. Ela já conhecia ele e pediu que ele fosse ao banheiro, tirasse o gel, pusesse a gravata fora. E lá foi ele. E fez o que ela recomendara. Quando voltou para a festa eles ficarm juntos.
E neste dia começou a nossa história, que continua até hoje e só parece melhorar.
*****
Essa é a história que Thedy musicou. Dela surgiram os versos de Julho de 83.
Diferente da contada no outro post, a particularidade desta é que o casal em questão continua junto.
*****
Acompanhando a letra dá para perceber as particularidades da situação.

Bom proveito.
Abraço.
Hasta siempre!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Histórias de Thedy

Havia uma jornalista que namorava um rapaz também jornalista. O casal era bem nada a ver. Eram duas pessoas completamente diferentes. Inevitavelmente, chegou o dia em que houve um rompimento no relacionamento. Chocada com este fim, a moça decide ir para a Austrália fazer uma especialização em rádio. 
Certa feita, na Austrália, ela estava se preparando para sair quando, de repente, toc-toc-toc. Ela conferiu quem era pelo olho mágico e, quase não acreditando, abriu a porta. Para sua surpresa, quem estava a sua frente? O ex-namorado!
O cara portava consigo uma caixinha com duas alianças. Queria a todo o custo reatar o relacionamento. Pedira a moça em casamento ali mesmo, na porta, se dizendo arrependido por algum dia tê-la deixado. 
Pasma e confusa ela titubeou e não soube o que fazer. Pediu, então, que o rapaz voltasse no outro dia.
No dia seguinte, quando o rapaz chegou a moça tinha nas mãos as alianças. Ela aceitaria o pedido dele. Toda empolgada ela atendeu a porta e disse ao rapaz que havia pensado bem e... antes que ela terminasse de falar, ele tomou a caixinha das alianças da mão da moça e disse que também havia pensado bem. Mais uma vez a história se repetiu: ele entrou com o pé, ela com a bunda.
Foi difícil para a moça assimilar a situação. Mas ela se formou no curso que a levou para o exterior e voltou ao Brasil mais experiente e capacitada para o mercado de trabalho. 
Mas ainda havia mais surpresa reservada para ela. O rapaz voltou a procurá-la com as mesmas alianças. E desta vez ela não titubeou e aceitou na hora. Eles se casaram e tiveram dois filhos. Mas, como a história de idas e vindas do casal foi uma constante, eles se separaram e não mais ficaram juntos.
*****     
A história que narrei acima é a história que deu origem à música Eu não entendo, da banda gaúcha Nenhum de Nós.
Thedy Corrêa, em apresentação de sua palestra sobre Literatura e Música, organizada pela Casa da Música de Chapecó e colaboradores, proferida na semana passada na Unoesc Chapecó, trouxe esta e outras experiências sobre o processo de composição das músicas do Nenhum.
Para fazer a relação da história com a música, segue o vídeo. Atenção à letra e logo o que foi abordado acima toma contexto.
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Abraço de paz.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Lição no banho

Estão consertando a rede de água encanada na cidade onde moro. Por isso, em alguns dias o abastecimento de água sofre cortes. A alternativa que surge é adaptar os horários de banho, de limpeza da casa, de lavagem de roupa...
Lá vou eu, então, para um banho rápido. Antes de tirar a roupa verifico se posso mesmo ir para debaixo do chuveiro e abro um pouco o registro. Êba! Água quentinha. Mal sabia que a alta temperatura da água se dava pelo fato de ela estar acabando.
Bem, tirei a roupa e entrei adoidado no box. Antes de ligar totalmente o registro dei de mão no xampu e entrei debaixo da ducha. Aí começou o espetáculo. Cabelos ensaboados (com xampu) e, de repente, a água foi diminuindo e aumentando mais ainda a temperatura. O espetáculo mal havia começado e chegara ao fim. Mais que depressa desliguei o chuveiro. Ensaboei o corpo (com sabonete) na ânsia de que pudesse me enxaguar. Ora, não deve ser nada bom ficar todo ensaboado com relógio marcando o tempo rápido e com compromissos a serem cumpridos.
Mesmo com a água muito fraca consegui terminar minha tarefa. O banho foi completo. Eu estava pronto para pegar minha mochila e ir para o trabalho e de lá para a aula. E foi isso que eu fiz.

Idiota essa história de ir para o banho e a água ir se esgotando, né!? Pois foi enquanto eu estava todo embaraçado, sem saber se teria ou não água para enxaguar-me, que rememorei uma valiosa lição.
Naquele momento em que a água estava diminuindo, prestes a interromper meu banho, de nada adiantaria minha ira, meu nervosismo. “Ah, mas a água está acabando e eu tenho que trabalhar e ir para a universidade”. Só por pensar isso o chuveiro não me responderia “sim Everton, vou sugar a água dos canos com mais força para te ajudar a sair dessa!” .

Às vezes a nossa vontade, a nossa determinação, o nosso empenho não são suficientes para que as coisas externas ocorram como gostaríamos. Certamente chegará a hora em que algo não vai depender somente do nosso esforço. Para quem acha que pode passar pela vida imune a isso, lamento, mas um dia, cedo ou tarde, estará comprovando através de suas vivências o que estou tentando explicar (se é que já não comprovou muita vezes e o continua fazendo). E saber lidar com isso é um grande passo.

Lição no banho.
;)

Abraço.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Plagiando Idalina

Quando entro no meu blog, dou uma espiadinha nos conteúdos dos blogs que sigo. Não são muitos, uma meia dúzia ou nem isso. Reza a lenda que quantidade não tem nada a ver com qualidade. Por isso me limito para não ficar vendo coisas que nada me acrescentam, não me instigam a pensar, a refletir e não me tragam momentos de prazer.

Sigo Percepções Insones, de Idalina Krause, uma amiga e professora, filósofa clínica da capital gaúcha. Suas palavras, poemas, textos, metáforas, conseguem provocar uma avalanche de reflexões. Então, nada mais digno do que divulgar o trabalho dela e aproveitar para plagiar um de seus posts, que foi publicado em 18 de janeiro de 2010, com o título "Traição":
"A pior das infidelidades é a consigo mesmo."

Para quem quiser acompanhar e beber a água direto da fonte, http://www.percepcoesinsones.blogspot.com/
Lá você verá outros links interessantes. Vale a pena conferir.

Abraço de paz.
Até...