Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O exército do bem não pode deixar o mal se propagar



       Olha, daria pra falar em outros termos. Mas fodam-se as boas maneiras!
       Retos de conduta, não se ofendam. Minha indignação é com os FDP. Sorry.
       Ordem e Progresso? Onde? Ah, por favor! Isso só existe mesmo na bandeira do Brasil, esse país tropical de praia, carnaval, futebol, hipocrisia, corrupção, tchu-tchá, bará-bará... 
       Governos hábeis em cobrar deveres dos cidadãos, porém indiferentes na hora de assegurar direitos e omissos na hora de responsabilizarem-se pelas cagadas que se envolvem, direta ou indiretamente. 
       A maioria dos governantes está cagando para a nação. Só pensam no povo na hora de fazer falsas promessas em época eleitoral. Essa banda podre está preocupada com qualquer outra coisa, menos com quem mantém esse lixo de país funcionando.
       Aqui as coisas nem são mais jogadas para baixo do tapete. Isso é de tempos passados. Agora é tudo na cara dura mesmo, sem preocupação alguma com algo que pouca gente ainda se lembra ou sabe o que é: ÉTICA.
       "De novo revoltado, Everton?" Sim! De novo. E não vou me cansar de me revoltar, pois penso que a situação só está nessa zona porque a maioria das pessoas tem aquela mentalidade retrógrada de "ah, é assim mesmo que as coisas são". São assim mesmo o caralho!
       As coisas podem ser diferentes. Mas só serão quando uma corrente do bem se formar e um número crescente de pessoas tomarem coragem, darem a cara a tapas, darem voz às suas inquietações e saírem dessa zona de conforto.
       Precisamos pensar em maneiras para superar esse sistema falido que beneficia uma meia dúzia de engravatados. E, mais importante que isso, arregaçar as mangas e ir à luta.

Atenção aos trechos das músicas que dizem assim:

"Mas todos nós ainda vamos ver a sua desgraça.
Você se esconde em Brasília, essa ilha cercada de filha da puta, de político fajuto, me escuta seu puto.
Aprovando leis só para vocês e sua cambada, arranjando obras superfaturadas.
Eles te exploram, te chupam o sangue, só pensam no lucro da sua gangue.
Então escuta, pensa e responda a pergunta:
- Todo político é um filha da puta?"

"Muda! Que quando a gente muda, o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda a gente anda pra frente.
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude, nem doença sem cura.
Na mudança de postura a gente fica mais seguro.
Na mudança do presente a gente molda o futuro!"

Vamos descruzar os braços e deixar de ser bundões? Vamos parar de ser omissos?
Se estiverem a fim, estão convidados.

FORZA!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Força guerreiros!

Já confidenciei algumas vezes aqui no blog minha inquietação perante um assunto nada agradável, a morte.

Ontem estava comemorando o aniversário de um amigo num camping quando, ainda pela manhã, recebi por telefone a notícia do incidente na Boate Kiss, em Santa Maria/RS. Minha mãe assustada me perguntando se alguém havia me avisado de algo, querendo saber se algum conhecido meu estava na tragédia. Nenhuma pessoa íntima minha estava entre as mais de duas centenas de vidas que foram ceifadas devido a um incêndio no local. Mesmo assim o domingo perdeu as cores, apesar do sol reluzente que perdurou por todo o dia.

Não sou perito, não sou juiz, não sou deus. Longe de minha pretensão está o julgamento sobre culpas, responsabilidades, aplicação de penas e tudo mais que cerceia o caso. Para isso existem autoridade competentes que tratarão de dar seguimento legal a tudo que está envolvido no caso.

Perdi o sono durante a noite, depois de ter pesquisado na internet informações sobre os fatos.
Li e ouvi relatos de pessoas que conseguiram sair com vida do local, de amigos e familiares de vítimas, de socorristas e voluntários que auxiliaram no momento do caos. 

Perplexidade pode ser uma palavra que tomou conta do meu ser. 
O meu organismo levou uma pancada muito forte com tudo isso. Meu coração chora e as lágrimas escorrem pelo meu rosto meio que involuntariamente. Minha respiração fica pesada e as ideias vagam, como se meus pés não tocassem o chão.
É claro que minha dor não se compara ao que estão sentindo os familiares e amigos das vítimas. Mas a dor da perda tem caracteres universais, os quais recaem sobre os ombros de quem possui compaixão, de quem é sensível à vida e vulnerável à morte.

Sonhos interrompidos no momento em que o intuito era se divertir. Corações despedaçados por ausências que jamais serão repostas. Muita coisa boa que seria posta em prática por esses jovens foi abortada na triste madrugada de 27 de janeiro de 2013.
Que as famílias e amigos das vítimas encontrem força nas energias que emanam de todos aqueles que de uma forma ou de outra tentam, cada qual ao seu modo, minimizar os efeitos desse vazio que a morte trás consigo.

Paz e luz aos que partiram. E aos que ficaram, forza! 



segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

sobre a solidão


            Se eu perguntar o que é solidão, o que você me responderá? Talvez que solidão é se retrair em seu quarto, se afastar de pessoas, coisas, lugares, ocasiões. Ou que solidão é sentir-se sozinho ou sozinha, mesmo que em meio de um tumulto de gente. Quem sabe, ainda, que nunca se percebeu em um estado assim. Enfim, são tantas as possibilidades de resposta, visto que não existe uma definição universal para este fenômeno.
Nos dicionários encontramos como sinônimo de afastamento, distanciamento, isolamento. Isso, além de outros aspectos sociais, é indicativo que, em nossa época, a solidão é vista com maus olhos.
Se a solidão for, de fato, algo doloroso para a pessoa, ela deve receber atenção adequada no sentido de tentar alterar o que está se passando. Mas se for verificado que a solidão é apenas um indicativo do modo de ser da pessoa, ou de um determinado papel existencial dela, não temos que tentar mudar isso. Pode ocorrer, ainda, que o peso da solidão no todo da pessoa não tenho relevância alguma em relação a tudo mais que ela vivencia em sua trajetória existencial.
A contextualização dos fenômenos na historicidade da pessoa costuma ser de suma importância para que alguns comportamentos não sejam tomados a partir do que socialmente entende-se por eles. Como cada pessoa possui uma estrutura singular de representar o mundo, é esta que deve ser levada em consideração e não o que é consenso social ou verdade subjetiva de quem está em interseção com ela.
Retorno, então, a questão inicial: o que é solidão para você? Olhe para a tua história de vida e provavelmente você identificará alguma coisa a respeito. Talvez tenha episódios em que a solidão doeu, machucou. Ou talvez verificará que nem sempre a solidão foi algo negativo ou contraproducente. Às vezes a solidão pode ter sido aquilo que fez você tomar fôlego para dar início ou continuidade a algum projeto, talvez abrir mão de outros caminhos, ponderar algumas coisas por outros pontos de vista, ou fez parte de uma determinada profissão que você exercia e que lhe cobrava isso. Enfim, para cada pessoa isso se dá de formas singulares, ainda que parecidas, nunca idênticas. 
            
Sentir solidão não é estar só, é estar vazio”. 
Sêneca

Abraço de paz.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O amor devia ser proibido?

É o que diz Lulu Santos, na canção Um Vício: "O amor devia ser proibido, porque é uma droga pesada. E se a pessoa tá viciada, ela faz qualquer papel por um papel". Nunca ouviu? Ouve aqui.
Por outro lado, tente abstrair e pensar num universo sem amor. Ou ao menos a sua vida sem amor. A impressão que me dá é que tudo ficaria meio sem cor, sem tom, sem sabor, sem graça.

Eu estava conferindo um estudo que revelou que há várias semelhanças entre o que sentem viciados em cocaína em processo de desintoxicação e pessoas que romperam um relacionamento afetivo. Tal pesquisa apontou que olhar fotos do ou da ex ativa regiões do cérebro associadas ao controle emocional, ao apego e à abstinência física.
A antropologista americana Helen Fisher afirma que "o amor romântico é um vício". E prossegue: "É um vício maravilhoso quando as coisas estão indo bem, mas um vício tenebroso quando tudo dá errado". Viu só?! Lulu Santos não está equivocado na canção. Talvez até esteja no sentido de proibi-lo, mas quanto a ser uma droga pesada a tese está confirmada.

Esse tal de amor não tem jeito mesmo, né?! É tanta gente conjecturando sobre ele. Algumas pessoas querem sentir seus prazeres (e, porque não?, seus desprazeres), umas se jogam de cabeça, outras ficam meio de pé atrás. 
Êlaiá! 
São tantas as possibilidades que daria para escrever um livro da espessura da bíblia sobre o amor. Mas deixemos isso de lado...

Ah! O mesmo estudo que citei acima afirma que quanto maior o tempo entre o pé na bunda, ou o término do relacionamento, como queira, mais escassos ficam os registros do relacionamento nos recônditos da memória. O que de certa forma corrobora o clichê de que o tempo é, sim, um bom remédio para as dores de cotovelo.

Então, galera, vamos nos drogar de amor. Vamos amar. Cada qual do seu jeito, com as suas prerrogativas, maluquices, caretices...
Se depender de mim, o amor não vai ser proibido nunca.

=)