Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

domingo, 24 de março de 2013

a arte não necessariamente imita a vida (e vice-versa)

Final de semana. Pós-almoço, que na real foi também um lanche da tarde. Não estava com sono, pois tinha acordado às 13 horas. Dormir tarde não é mais motivo para me deixar cansado, já que quase todas as noites tenho a companhia da insônia. Às vezes isso enche o saco, às vezes é bem bacana e producente. As madrugadas tem lá seus encantos.
Quis manter o silêncio para minha mãe repousar. Meu quarto estava escuro em plena luz do dia. Acendi a luz. Dei de mãos no Bukowski que estou lendo e me deitei, sem tirar os tênis, com os pés para fora da cama desarrumada. Li algumas páginas. Fiquei viajando em algo que me despertou atenção. Meus pensamentos divagaram. Repousei o livro aberto em meu rosto. Isso evitava o contato direto com a luz que cegava meus olhos. Fui marca páginas humano pelo instante que fiquei sentindo o cheiro do livro.
Momento sublime! Não vou dizer que teve a intensidade de um orgasmo. Não chegou a tanto, ao menos em termos de reações físicas. Mas foi algo quase que indescritível. Meio que uma espécie de sexo oral. Ela se oferecendo de pernas abertas, reconfortando sua maior zona erógena bem à disposição da minha boca. Senti o cheiro de pele úmida, embora o cheiro real fosse de material impresso industrializado. Minha salivação se alterou, fiquei com água na boca. Me policiei para que os movimentos da minha língua ficassem apenas entre meus dentes cerrados ou que alcançassem, no máximo, meus lábios, que vez ou outra eu mordi. Estava conectado com a ideia. Sexo é o que estava na minha mente. Talvez tenho sido remetido a isso justamente pela passagem que me fez interromper a leitura e me pôs a refletir. 
De repente meu telefone tocou. O livro mudou de posição. O clima se desfez. A realidade me trouxe de volta. E então li mais algumas páginas antes do banho. 
Se no chuveiro eu me masturbei ou não é tão fantasia ou realidade quanto o que expus até aqui.

2 comentários:

  1. brique do telefone era bom parceiro?

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    1. Ae anônimo que não é tão anônimo assim... Parabéns pra ti, cara. :P

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