Mês passado li a coluna ("quem tem medo de mulher?") da queridíssima Carol Teixeira na VIP. Quem quer saber do que se trata, e vai ser interessante para entender o que escrevo abaixo, clica aqui. Até mandei algumas palavras para a Carolzinha (só para os íntimos) e felizmente tive um retorno. =) Bem, ao que interessa...
Depois de ter lido, fiquei me perguntando por que diabos os homens não adoram as mulheres em questão. Me vieram várias coisas, viajei bonito e tals. Mas tem fatores que considero relevantes nesse processo. O primeiro é o machismo mascarado que ainda assola grande parte das culturas. Oras, é óbvio que as mulheres conseguiram seu lugar ao sol; nada mais legítimo e melhor que isso! A submissão e a passividade feminina têm mesmo que ficar para trás, a não ser que seja uma opção dela, a mulher, em viver assim. Aí respeita-se e ponto final. Mas, convenhamos, é bem mais producente aquele posicionamento à esse, não?! Afinal, brigar por liberdade e adquirindo-a preferir manter-se servil não me parece ser o melhor caminho, embora algumas criaturas assim o prefiram.
O segundo ponto que maquinei aqui com os meus botões é que em nossa sociedade o amor é vivenciado como propriedade, como posse. Muitas pessoas pensam que estar em um relacionamento com alguém lhes autoriza a serem donas das outras. Tem coisa mais arcaica que isso? Vai ver tem homem por aí que ambiciona sair pelo Gasômetro ou pela Avenida Paulista com sua companheira arrastando-a pelos cabelos. Quando tivermos ciência de que vivenciar o amor como afinidade é uma mudança radical que engrandece não só quem está no relacionamento, mas todos que estão às voltas dele, talvez as coisas tomem outros rumos. E tem também a questão que as pessoas podem se conhecer, paquerar, fazer sexo, trocar emoções sem que isso implique necessariamente em namoro, casamento, união estável ou seja lá o que for. Mas nem entremos nesse mérito.
Pensando por essa minha lógica (ou minhas lógicas - se é que tem alguma lógica nisso), seria o máximo poder manter um relacionamento com uma “puta mulher”, no sentido de inteligente, independente, poderosa, influente, sagaz e tudo mais que pode fazer uma mulher “fodástica”.
“Temer mulheres assim? Que nada! Isso é dos tempos de dois mil e alguma coisa, quando os homens ainda ficavam meio receosos de flertar ou se relacionar com as super-mulheres, como aquela Carol Teixeira advertiu numa coluna de revista”, talvez digam algumas pessoas que vivenciarão as coisas de outras formas.
Será que os homens ainda buscam modéstia? Por que eu sou uma puta mulher, inteligente, independente (ou quase), poderosa, influente, sagaz e fodástica, e ainda acho que os homens tem medo de mim... me recuso a acreditar que meus kilos a mais sejam tãaaao capazes assim de espantar homens foásticos, no sentido de inteligentes, independentes, etc, que apreciam uma mulher pelo que ela é por dentro. Ou seja, qual a razão de eu ainda ser apenas apreciada e cortejada, mas nunca arrebata de fato? e não, a culpa não é minha. Não me fecho e não afasto ninguém. Resumindo, sim, eu acho que os homens (pelo menos grande parte deles) tem medo de mulher que ganha bem, tem gostos e convicções e sobe no salto alto.
ResponderExcluirMarcela, thanks pela visita e pelo comentário.
ExcluirJogar todos os homens ou todas as mulheres no mesmo saco é meio arriscado, né?! Deve existir alguma criaturinha ao menos dentre eles ou elas que não é como a maioria. Universalizações são perigosas...
Isso que tu falas é bem característica do nosso tempo. Experimenta ver algum comercial por aí e vê o que está exaltando lá. Pode ser propaganda de anti-alérgico, mas tem uma magrela siliconada de biquini pagando de gostosa. Queira ou não, isso acaba influenciando muita coisa e respingando em quem aparentemente não tem nada a ver com babado. Mas somos datados, né?! Vivemos agora. Talvez em outros tempos a ênfase maior não será dada nas formas, mas nos "contiúdos" ;)
E como dá pra não universalizar, tem muita gente que caga pra forma física. Menos mau...
Eu tinha certeza que tu ia dizer que generalizei... eu tive todo o cuidado com isso, olha só: "Não me fecho e não afasto ninguém. Resumindo, sim, eu acho que os homens (pelo menos grande parte deles)..." justamente para não soar como generalismo.
ResponderExcluirMas enfim, eu tô é cansada de discutir isso hahahahaha o mundo não vai mudar, não existem mais homens como o meu pai e o meu destino é fazer trabalho missionário na África mesmo. Ou então o jeito é deixar a utopia de lado, emagrecer e sambar na cara da sociedade. De louboutin, claro.
Põe um Engenheiros rodar aí, relaxa e bate aqui o/
Excluir=)