Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Foi um prazer, Lya

Eu já havia tido um breve contato com Lya através de uma leitura rápida de Perdas & Ganhos. Mas foi nessas férias, merecidas e memoráveis, que aprofundei meu contato com os livros dessa magnífica escritora.
Li O tigre na sombra, repleto de conflitos existenciais e familiares e que traz reviravoltas das possibilidades da vida (e por que não da morte?), do qual retirei os recortes abaixo, e comprei O ponto cego e O quarto fechado, que entraram na fila de leitura que não para de crescer. Lya Luft agora está na lista das minhas paixões. Foi um prazer ter tido você comigo nas minhas férias, Lya. Obrigado. E bem vinda ao meu quarto e ao meu mundo. 


"Quando estavam de bom humor os deuses abriram as mãos e despejaram sobre a terra os oceanos com seus segredos, os campos onde corre o vento, as árvores com mil vozes, as manadas, as revoadas - e, para atrapalhar tudo, as pessoas.
Mas onde está todo mundo? Buscando se anestesiar ou obter respostas, atrelados às mesmas incansáveis perguntas, como, quando, quanto, por quê, por que eu?"

"Amar é para os loucos:
me perdoem os românticos
e os sensatos,
se ainda existir algum por aí."

"As pessoas ficam muito boas quando alguém morre. Nessas horas aparecem parentes, primas, cunhadas, que na vida normal nem conhecemos direito: a morte une e reúne os mais desconexos e singulares, até que o cotidiano volte a engolir todos."

"Não sei se tudo são escolhas ou se algumas coisas vegetam feito plantas carnívoras nas nossas circunstâncias e na nossa bagagem psíquica. Nunca vou saber. Não adianta saber."

"As pessoas morrem demais.
A morte: o que ela faz com a gente. Arranca as entranhas, te deixa vazia, por dentro só uma ferida aberta, mucosa inflamada e suja. Você só por obrigação se arrasta num mundo irreal, queria mesmo era ficar na cama. Pessoas chegam, falam, tocam você, dizem coisas sem sentido, o mesmo de sempre, reaja, a vida continua, o mundo não acabou, ele ou ela queria que você continuasse vivendo bem.
"


"Como dizia a minha Vovinha, isso de realidade é bobagem: cada um inventa a sua, o avesso pode ser o certo, no espelho pode estar a vida, e tudo aqui fora ser um sonho."

"Toda história humana é complicada.
Nenhuma termina:
as ondas do mar são sempre as mesmas.
"


"O paraíso é duro de ser transitado.
As respostas não têm importância.
O amor é difícil - às vezes chega tarde.
"

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