Vai assim
mesmo, sem script, na impulsividade, sem estar sob efeito de qualquer coisa que
perturbe minha consciência.
Não é minha intenção
agradar a todos nessa minha passagem pela terra. Por muito tempo pensei que
minha missão aqui era servir a tudo e a todos. Mas mudei essa forma de pensar
e, consequentemente, de agir. Não faço nada pensando em ser modelo ou ser
exemplo a ser seguido. Eu faço o que soa coerente com minha forma de ser e sei que
uma das consequências disso é ser incompreendido, rotulado, taxado de forma
leviana por quem não vivencia as mesmas circunstâncias que eu.
Tenho ciência que
até para fazer merda há de se ter responsabilidade e arcar com as conseqüências
dos atos. E fugir das minhas responsabilidades é algo que não costumo fazer. Para
mim, uma questão de honra, herança de berço, educação paterna e materna.
Eu faço meus
caminhos de acordo com os ventos que sopram à minha alma. São esses ventos que
me ditam verdades que nem todos têm acesso. São nesses percursos que exercito a
minha existência. E meus exercícios não tem nada a ver com ser bonzinho, com ser
apenas uma marionete no teatro da vida. Sou da ala da contestação, da resistência,
da subversão. Às vezes é pesado ser assim, mas é o que escolhi para mim. Sou do
time da poesia, da filosofia, da literatura, da música e das manifestações artísticas
em suas diversas formas de apresentação. De certa forma isso serve como um antídoto às dores do mundo.
Estou aqui
para aprender, para me desenvolver, para crescer. E isso não necessariamente
tem a ver com fazer o que pregam os padrões da sociedade ou quaisquer outras
regras pré-estabelecidas. Aliás, às vezes o melhor que algumas regras merecem é
um foda-se em alto e bom som.
Quero ser
melhor a cada suspiro. Não melhor que alguém, mas melhor que eu mesmo, o melhor
que eu possa ser. E, para tanto, não preciso usar ninguém como trampolim. Minha
religião é a do amor. Mas não esse amor vendido em capas de revistas ou em novelas,
não esse amor ostentação que precisa andar de mãos dadas com formas físicas
fabricadas nas mesas de cirurgia e com situações financeiras pra lá de estáveis.
Até nem sei como se convencionou a chamar isso de amor, mas tudo bem. O amor
que me refiro é um amor transcendente, aquele que toca a alma. Aquela poção de
magia que toca os corações de quem tem sensibilidade para acolhê-lo e que é a
força que move o universo. Esse é o tal do amor, na minha representação.
Enfim... saúde,
força e sensibilidade é o que eu quero e preciso para curtir o trajeto. Com
esses ingredientes eu me encarrego de gozar das maravilhas da vida e de
contornar os obstáculos que possam surgir. Meus chegados não são comprados e
sei que a energia que deles emana é algo que me fortalece.
Então, desce o
start. Que continue o jogo! Ainda tenho
muitas fases para passar até o momento do game over.
Seguimos sem medo.
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