Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Estar e não estar, ao mesmo tempo

Sebá descobriu que era capaz de uma coisa que parece ilógica.
Pode alguém estar em dois lugares ao mesmo tempo?
Ele descobriu que sim.
Em certas ocasiões Sebá estava sensorialmente num local, mas seus pensamentos o levavam para outro. Ou seja, o corpo estava preso a uma cadeira, ao sofá, ao carro e sabe-se lá onde... e as idéias complexas o faziam ir para outras paragens da existência, das mais bizarras às mais regozijantes.
***
Hoje percebi que tenho algo em comum com Sebá.
Estou numa aula e escrevendo este post. Além disso, estou resolvendo alguns problemas e criando outros, viajando para lugares que nunca fui, revisitando estâncias que visitei recente ou há muito tempo atrás...
Isso é uma mostra do que é capaz o bicho homem. E há outras tantas formas de ser do que se pode imaginar, mais ou menos como a ponderação de Shakespeare de que há tantos mistérios entre o céu e a terra do que julga nossa vã filosofia.
***
Abraço.
Força!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Gabriel, o Pensador e Juliano não sei o que

Talvez alguém consiga entender o que tentarei explicar. Talvez...

Gabriel, o Pensador é o som que estou ouvindo agora. Escolhi o álbum Cavaleiro Andante, de 2005.
A música que está tocando leva o mesmo nome do álbum e diz assim:
"Não me arrependo nem do que eu não fiz;
não vou na onda desses imbecis;
não tô na boca, nem tô no nariz;
quem fala muito não sabe o que diz..."
Acho que esta música tem algo a ver com o que ouvi hoje numa palestra proferida pelo Juliano não sei o que (o não sei o que se refere ao sobrenome dele, que eu não sei qual é), uma cara bacana, gente fina.

Agora a historinha de Juliano:
Certa feita a diretora adentrou na sala de aula para divulgar uma nova oportunidade de fazer parte do coral da escola. Estavam abertas as inscrições para a seleção dos candidatos.
Detalhe: cidade pequena sabe como é, né?! Coral era visto como coisa para as meninas (ou para os meninos meio afemindados, digamos assim). Menos mau que hoje a compreensão disso não tem mais tanto preconceito quanto na ocasião à qual me refiro.
Bem, voltando a historinha...
Juliano, que era um cara bem resolvido (como ele diz, "de atitude"), sempre envolvido com atividades de Grêmio Estudantil e tal, resolveu aceitar o desafio. Óbvio que teve que aguentar os colegas zuando, chamando-o de biba, marica e coisas assim. Mesmo com isso adotou o que descrevo como sendo a postura do boi, cagando e andando, ou seja, ele nem ligou para as chacotas, para o que pensavam ou deixavam de pensar a seu respeito.
Aprovado no teste de seleção, o cara iniciou-se na música. Como se destacou no coral, foi indicado para representá-lo em eventos pela região. As boas colocações nos festivais que participou (a nível estadual e nacional) o credenciaram a representar o país num festival na Itália. Com o segundo lugar, uma boa grana no bolso e uma bagagem com experiências que nunca serão esquecidas, Juliano retornou ao Brasil. Por aqui lançou um livro, publicado quase que simultaneramente à campanha Crack, Nem Pensar, no qual busca conscientizar a sociedade sobre os benefícios de uma vida sem drogas. Atualmente, Juliano tem um programa na Rádio Difusora FM (92.7), faz graduação de Letras,  realiza palestras educativas em escolas e outras instituições, além de estar envolvido em outras atividades atrísticas e culturais.

Será que alguém entendeu alguma coisa?
Ah, deixa pra lá!
Quando não me perco nas minhas viagens, eu me entendo.
E quando me perco não há problema algum, pois minhas viagens são de cara limpa.
E quando não me entendo também não me desespero. Nem por isso eu vou mascarar minhas mazelas usando drogas.
Fique bem. Fique longe dos entorpecentes... e não esqueça que cigarro e álcool também são drogas.
Então, como Juliano mencionou trezentas vezes na sua fala: "Te liga!"

Valeu!
Abraço.

Bem...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O cão de liquidação

Marley era o cãozinho mais barato que estava à venda. Mas não foi este o motivo pelo qual decidiram comprá-lo. Ele tinha uma beleza intrínseca desde filhote e fora criado com muito afeto.
Aham, estou me referindo ao filme Marley e Eu.
Abaixo um trecho literal do finalzinho do filme, quando Marley acabara de morrer.
Espero que sirva de incitação à reflexão sobre alguns pontos de vista cristalizados que a sociedade nos impõe...
Diz o dono de Marley:
- "Um cachorro não precisa de carrões, de casas grandes ou de roupas de marca; um graveto está ótimo para ele.
Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro; dê seu coração para ele e ele lhe dará o dele.
De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?".

Talvez por essas e outras que o ditado o cão é o melhor amigo do homem faz muito sentido. Ao menos para mim, óbvio...


















Fuuuuui!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A tal da filosofia analítica

Bem, quando o assunto é filosofia algumas pessoas começam a se esquivar. Talvez por pensarem que filosofia é algo demasiado complicado, talvez por falta do hábito de filosofar, talvez por exigir certa reflexão, ou tantos outros "talvezes" que nem temos noção.
E filosofia analítica, então?! Putz! Piorou...

A filosofia analítica, ou filosofia da linguagem, versa sobre problemas, questões que envolvem a linguagem, sua lógica e significado.
Russell, Frege e Wittgenstein são alguns dos nomes mais conhecidos e estudados neste campo.

Tentar explicitar em poucas linhas algumas considerações sobre esta tal de filosofia analítica ou da linguagem é tarefa capiciosa, difícil. Abaixo elenco uma situação de "saia justa", de um desentendimento que ocorreu por intermédio da linguagem.

Certa feita, hospital de pronto-socorro de uma grande capital. Uma moça desmaiada, acompanhada de sua mãe, deu entrada na emergência. Logo depois que a moça despertou do desmaio, a enfermeira, preocupada com o estado de saúde da paciente, a indagou: - "Você tomou algo?". A moça respondeu negativamente e logo foi encaminhada para a sala do médico que a consultou.
Após a consulta, o médico procurou a enfermeira que atendeu a moça e disse que havia recebido reclamações por ter insinuado que a moça acabara de usar drogas. Espantada, a enfermeira logo explicou ao médico que tomou o procedimento padrão, ou seja, perguntou se ela havia tomado algum medicamento que pudesse estar interferindo no quadro clínico dela.

Deu para perceber?
Às vezes um equívoco, um escorregão, um desentendimento, as meias-palavras, o que está nas entrelinhas, o que não foi dito ou o que foi dito de formas diferentes pode desencadear problemas, incômodos, dores de cabeça.

Eis aí a tal da filosofia analítica...

Abraço.
Paz.
Luz.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Em meio ao show dos Detonautas no Planeta Atlântida edição 2010, ocorrido na SABA, em Atlântida/RS, no último final de semana, Tico Santa Cruz chamou as atenções para si. Ele interagiu com o público e disparou algo mais ou menos assim:

"Galera! Eu não sou padre, não sou pastor, não sou político. Não me interessa o estilo de vida de cada um de vocês, o que vocês consomem, o que vocês fazem...Mas acho que quem sobe no palco tem um papel social.
Saibam que de cada 10 acidentes de automóveis com vítmas fatais, 8 são provocados pelo consumo de bebidas alcoólicas."

E insistiu:

"De cada 10 acidentes de automóveis com vítmas fatais, 8 são provocados pelo consumo de bebidas alcoólicas. O que me preocupa é a vida das pessoas inocentes que são interrompidas em casos assim. Então sejam prudentes!"

Isso já bastaria para ser um puta show. Mas foi apenas um dos ingredientes do que foi, no meu ver, uma das melhores performances apresentadas no festival.

"Da luz eu sou, na luz eu me movo..."


Paz!