Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

terça-feira, 10 de julho de 2012

(in)exatidão matemática

Paixão e amor não tem exatidão matemática. Não há um indicativo que aponte onde começa um e onde termina o outro. Tampouco existe uma lógica entre o que vem primeiro e o que (ou no que), mais tarde, isso vai se tornar.

Conheço pessoas que se apaixonam e essa paixão vira um amor. Não menos verdade, conheço pessoas que amam para depois se apaixonar. Outras não sabem o que estão vivenciando, se paixão, se amor, entre tantos outros "se".

Algumas pessoas sentem verdadeiramente. Outras fingem tão bem que enganam-se a si próprias. Certas vezes o sentimento é expontâneo, natural, lindo. Em outros casos, imposição, faz de contas, tesão.

Pedrinho, certa feita, me disse que não consegue amar Mariazinha. Ele se diz um eterno apaixonado e ter medo que o amor chegue e bagunce tudo o que seu romantismo construiu. 
Outro dia, Y, que é uma mulher muito atraente, me confidenciou que desconfia que não ama mais X, mas que não vive sem o corpo dele, sem seu sexo. 
E (olhem só!), dias atrás H, num papo de bastidores, naquelas conversas descontraídas que às vezes revelam muitos mistérios, deixou escapar que ama muito M mas que não quer ter um romance com ela. Para ele, o amor não obedece  regras de mercado, de escambos, na qual uma pessoa só ama a outra na ânsia de ser amada. Ele apenas a ama. Só isso e nada mais.

São coisas da alma humana, não? E, sendo assim, querer que as vivências das outras pessoas se baseiem em nossas próprias verdades, em nossos parâmetros existenciais, pode ser um tanto nocivo para ambas as partes, tanto para quem julga, quanto para quem é julgado.
O caminho é a compreensão, não os rótulos.

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