Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Eu não quero ser adulto, porra!

Algumas de minhas manias são de criança. Alguns de meus comportamentos são de criança. 
Minhas responsabilidades tentam me jogar para esse universo adulto, cheio de prazos para cumprir, horários para tudo, máscaras para usar, papéis para representar.
Mas, ainda assim, meu coração é de criança. Eu deito na grama só para olhar o céu, ando de pés descalços, tomo banho de chuva, ando de balanço, sento no chão, faço refeições andando pra lá e pra cá, rio de coisas sem graça, choro por motivos mínimos, faço birra, sento no colo da minha mãe, beijo meu cachorro, falo de boca cheia, faço drama, choro e dou risada ao mesmo tempo, canto gritando no banho, saio do banheiro pelado pelo corredor, deixo tudo bagunçado no meu quarto, enfim, amo as coisas simples por um único motivo: eu amo estar vivo! Isso não quer dizer que eu seja uma pessoa extremamente feliz, tampouco um pessimista ao extremo. Eu não sou bipolar; eu sou polipolar. Tenho uma capacidade imensa de passar de um bobo alegre a um ser frio e calculista. 
Eu sou mesmo uma criança. A correria do mundo dos homens não faz muito sentido para mim. Eu não vou viver mais de 100 anos mesmo, então de que me adianta insistir em ser o melhor, em ter sucesso, em ser o primeiro em tudo? Não tenho essa pretensão. O que me esforço é para dar o melhor de mim, ser o melhor que eu posso ser, deixar um pedaço meu em tudo que eu faço. O resto é consequência, uma mescla de sorte, acaso, competência, energias do universo.
Alguns, volta e meia, me dizem que tenho que crescer, que amadurecer. Sim, eu vivo em função disso. Mas eu faço isso do meu jeito. E não há um jeito certo para que as coisas aconteçam. Quando a maré está a favor eu curto a paisagem nos entornos do rio; quando a correnteza me força a remar eu faço isso com empenho. E a vida vai passando assim. E para mim isso é o máximo, porque meu coração de criança se contenta com detalhes. E para vocês, adultos, uma dica da criança aqui (vocês até reproduzem isso em palavras, mas poucos são os que vivenciam): os pequenos detalhes podem fazer grandes diferenças.

Abraço de paz!

2 comentários:

  1. Adorei essa postagem, me identifiquei bastante. Eu também acho que não quero ser adulta simplesmente pelo fato de que a maioria dos adultos não apreciam os pequenos detalhes que a vida nos proporciona, deixando, assim, de viver grandes momentos.

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    1. Joana, querida. Bom receber tua visita e tuas considerações. Obrigado. E vamos viver, né?!
      =)

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