Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Educação: ou repensamos ou padeceremos

Bem, nas minhas idas e vindas tenho refletido muito sobre a educação. Tenho percebido que o que deveria ser a base da formação de cidadãos está muito aquém das expectativas. Algumas coisas soam bonitas somente no papel, mas sucumbem tão logo surge alguma tentativa de transpor os limites da burocarcia (que muitas vezes não passa de burrocracia). O discurso hipócrita da maioria dos governantes até que consegue manipular algumas camadas da sociedade, que, diga-se de passagem, sofre com a desinformação e com a distorção de informações; mas, acreditem, o sucateamento da educação está bem à nossa porta... e isso vai nos custar muito caro num futuro próximo.
Indignação! Talvez este seja o estado que me encontro quase que permanente quando meus devaneios vão em direção desta temática.

E a situação calamitosa não se dá só aqui no Brasil. Em muitos países está havendo uma certa transferência de responsabilidades, sendo que os pais atribuem à escola o papel que deveria ser deles próprio. Podemos chamar este fenômeno de terceirização dos filhos. Os resultados já são visíveis, tais como baixo rendimento escolar, indisciplina, agressões a colegas, professores e funcionários, descaso com o patrimônio público e uma gama de atitudes que refletem na nossa sociedade.

O psiquiatra Carlos Hecktheuer publicou um artigo sobre a gravação da secretária eletrônica de uma escola da Califórnia. Tal serve como provocação à reflexão sobre o compromisso conjunto entre Estado/escola/  pais no processo educativo. Quando o telefone da escola era chamado, a secretária eletrônica discorria a seguinte mensagem:
"Olá! Para que possamos ajudá-lo, por favor, ouça todas as opções.
Para mentir sobre o motivo das faltas do seu filho - tecle 1;
Para dar uma desculpa por seu filho não ter feito o trabalho de casa - tecle 2;
Para se quixar sobre o que nós fazemos - tecle 3;
Para insultar os professores - tecle 4;
Para saber por que não foi informado sobre o que consta no boletim do seu filho, ou em diversos documentos que lhe enviamos -tecle 5;
Se quiser que criemos seu filho - tecle 6;
Se quiser agarrar, esbofetear ou agradir alguém - tecle 7;
Para agredir um professor novo pela terceira vez - tecle 8;
Para se queixar do transporte escolar - tecle 9;
Para se queixar da alimentação fornecida pela escola - tecle 0;
Mas se você já compreendeu que este mundo é um mundo real e que seu filho deve ser responsabilizado pelo próprio comportamento, pelo seu trabalho na aula, pelas tarefas de casa, e que a culpa da falta de esforço do seu filho não é culpa do professor, desligue e tenha um bom dia!"
E o artigo é encerrado dizendo que o resultado desse descaso com os filhos e com a educação em geral está em todas as partes, com monstrinhos que se tornarão monstrengos e vai saber o que mais... E, como diz o autor do artigo, sem limites não funciona.

Vamos repensar e vamos agir... com urgência.  

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