Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Como você se relaciona?

As relações de mercado se dão, em sua maioria, calcadas na moeda, no dinheiro. Ou seja, para a aquisição de algo, há de ter um pagamento. Essa relação se estende desde o pãozinho do café da manhã até aquela mansão ou aquele carro importado. Pagou, levou. Até virgindade se tornou produto comercializável.
Em épocas mais remotas, essas relações que hoje dependem do dinheiro eram feitas com base na troca. Salvo a minha pouca noção de proporcionalidade, trocava-se um saco de arroz por meio de feijão, um fogão por uma geladeira, um boi por um cavalo e aí por adiante. 
Pois esta relação de escambo tem, muitas vezes, feito parte das relações interpessoais em nossa época. Percebe-se isso através dos chavões, tais como "é dando que se recebe", "é preciso amar para ser amado", "perdoa e serás perdoado", "quem planta amor, colhe paz", entre tantos outros exemplos. É compreensível que para algumas pessoas as coisas se deem desta forma, mas não podemos universalizar isso.
Ademais, nem tudo na vida obedece essa lógica cartesiana, essa rigidez embasada na lei de causa e efeito. Não é preciso muito esforço para desmitificar as frases feitas que foram citadas acima. Conheço pessoas que amam alguém e não se importam se o sentimento é recíproco; amam por amor, não querem receber nada em troca, nem mesmo amor. Conheço casos de pessoas que são quase santas na terra, que tem uma capacidade enorme de perdoar, mas que não foram perdoadas ao cometerem um erro ou equívoco. Conheço gente que não tem paz, mesmo sendo imensamente amorosas com elas próprias, com outras pessoas e com o universo. Enfim, as possibilidades se estendem para além das regras prontas.
Como estamos falando de existência, não se trata de conceber uma maneira de ser no mundo como melhor ou pior, boa ou má. quem vivencie o mundo e suas relações por este prisma e existem também outras formas de ser não menos legítimas.  
O que temo é que nos escambos existencias as pessoas deixem de ser pessoas e passem a ser meros objetos.
Retomo, então, a questão do título do post: como você se relaciona? 

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