Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Levanta-te e anda!

Se não me engano tem algo na Bíblia semelhante a "levanta-te e anda!" ou algo do gênero.
Não conheço ninguém que saiu andando da maternidade, de mãos dadas com os pais. Até os primeiros passos, foram necessárias várias tentativas, entre engatinhadas, tropeços nas próprias pernas, bundadas no chão, cabeçadas em cadeiras ou outros objetos e por aí adiante.
Algumas outras coisas dependeram de processos de tentativa e erro, a maioria delas de quedas e retomadas. Quer mais exemplos? 
Não ouvi relatos de alguém que sentou no banco de uma bicicleta e saiu pedalando e feliz da vida. Sem ziguezaguear para pegar o jeito de como tem de ser o equilíbrio e sem quebrar a cara é quase impossível aprender a andar de bike.
Os patinadores, seja de pista de asfalto ou de gelo, também devem ter titubeado um tanto antes de aprender as manobras acrobáticas ou a alcançar altas velocidades. 
Kelly Slater talvez seja os esportista que menos machucou o corpo com as quedas. Mas aposto que ele bebeu alguns grandes goles de água do mar até se tornar o surfista renomado mundialmente que é hoje. Não foi na primeira subida na prancha que ele saiu manobrando-a como uma empregada doméstica manobra um ferro de passar roupas.
Duvido que o Bob Burnquist comprou um skate e saiu dar um rolé numa megarrampa. É claro que este brasileiro, que é um dos maiores skatistas do mundo, deve ter ralado os joelhos, cotovelos e tantas outras partes do corpo nas primeiras tentativas de andar no mais tarde se tornou o seu instrumento de trabalho.
A ginasta Daiane dos Santos, mesmo com todos os treinamentos em colhões e espumas, deve ter se espatifado no chão algumas várias vezes na realização das suas acrobacias. 
Nem precisava ser tão extremo assim, né?! Mas foi proposital. =)
Os exemplos servem para ilustrar que essas pessoas poderiam ter entregado as fichas lá no início. Nos primeiros tombos eles poderiam ter desistido. Mas não! Insistiram, levantaram, caíram, se firmaram, caíram de novo, ousaram novas manobras, 'blum!' mais uma vez e quase infinitas vezes. No caso dos esportistas, a persistência, a repetição quase os leva a perfeição.
Mas a lição que eu quero trazer é que é inevitável que você dê com a cara no chão algumas vezes na vida. Nem nos romances do cinema as coisas não são perfeitas; há várias tramas desconfortáveis antes do final feliz. 
Bem vindos a vida real. Aqui nesse mundo existem incompreensões, traições, rompimentos, mortes e tantas outras coisas que botam pra baixo, que derrubam mesmo. É hipocrisia se achar o super-homem e pensar que vai passar pela vida ileso a tudo o que leva a momentos de tristeza, de reflexão, de isolamento, de dor. 
Aí é que entra a metáfora do início do texto e os exemplos citados acima. Não é o caso de não vivenciar o processo da dor; ninguém é imune a ela. O ponto crucial é que algumas quedas servem para te deixar mais firme no retorno. Sacuda e poeira e siga seu caminho.
Levanta-te a anda! 

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