Originalidade?

Minha história se fez e se refaz com resquícios de tudo que encontra minhas circunstâncias. O que se apresenta para minha representação pode (ou não), em maior ou menor relevância e intensidade, ser incorporado à forma com que entendo o mundo.
As tintas com as quais pinto as telas da minha existência são variadas. Algumas cores já foram utilizadas por muitos outros artistas e integram minhas obras por serem ainda vivas, intensas; outras matizes, por sua vez, são inéditas, mesclas de algumas cores que ninguém antes havia ousado em compor.
Se alguém sentir-se lesado por algum escrito, favor me comunicar por e-mail que tentaremos resolver isso.
Divirta-se ou se entristeça.
Boa viagem!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Uffa! Acordei.

Algo havia me arremessado.
A queda era de um lugar alto demais.
A velocidade que eu caia era muito grande e, mesmo assim, eu não tocava o chão.
Eu não sentia nada.
Eu não enxergava.
Eu não ouvia.
E continuava caindo, caindo, caindo...
Até que meu despertador tocou.
Sim, o despertador!
Eu estava sonhando. O sonho foi interrompido com o barulho do despertador.
Assustado, olhei pela janela e percebi que o dia estava ensolarado.
Eu me toquei para ver se de fato havia sido um sonho.
Me toquei novamente para ter certeza de que acabara de acordar.
Sim, eu havia sonhado e acabara de acordar.
Levantei tropeçando em meus calçados espalhados pelo quarto antes de olhar-me no espelho e ver minha cara amassada.
Dei uns tapas em meu rosto.
Uffa! Acordei.
Sonhei que era uma meleca de nariz, um 'tatu' amassado e jogado cama abaixo.
Nunca imaginei que o caminho entre a cama e o chão fosse tão enorme. Tampouco pensei que tal trajeto pudesse trazer uma sensação tão maluca quanto a que tive enquanto eu é que caia, enquanto eu não sentia nada, enquanto eu não enxergava, enquanto eu não ouvia, enquanto eu era o 'tatu'.
Uffa! Acordei.
Vou ter sempre comigo lenços ao lado da cama.

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